Tempo

Nova frente fria já provoca chuva em parte do país. Saiba mais

Umidade alcançará áreas produtoras de São Paulo e Mato Grosso do Sul

Sobre o Centro-Sul do país, agosto terá um padrão de tempo bem diferente em relação a julho. Os episódios de chuva serão mais frequentes e abrangentes no decorrer do mês. Nesta primeira semana, por exemplo, períodos chuvosos devem ocorrer no Rio Grande do Sul. A partir desta quinta-feira (4), uma nova frente fria deve espalhar chuvas moderadas pelos três estados sulistas.

A frente fria não será exclusividade do Sul do país. Para o próximo fim de semana, tal condição climática deve atrair a umidade da Amazônia para o Centro-Oeste e, assim, podem ocorrer episódios isolados de chuva entre o sul e o oeste de Mato Grosso do Sul e o oeste mato-grossense. Essa umidade vai favorecer a cultura do trigo, que está em fase de enchimento de grãos.

A umidade da Amazônia, que vai migrar mais para o sul, também vai favorecer a formação de instabilidade sobre Acre e Rondônia, onde pode chover até de forma moderada e atípica para esta época do ano. Os volumes mais expressivos de água para esta semana, porém, devem se concentrar entre o oeste do Amazonas e o interior de Roraima. Os volumes acumulados podem ultrapassar 70 milímetros (mm) em algumas localidades da região.

Nova frente fria e chuvas

pancadas de chuva - previsão do tempo - domingo - marcello casal jr
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

Na faixa leste do Nordeste, a expectativa para o restante da primeira semana do mês é de intensificação das chuvas, com risco para temporais desde Alagoas até o litoral do Rio Grande do Norte. Em 24 horas, choveu 130 milímetros em Maceió (AL), o que representa 70% do esperado para agosto.

A chuva continua se espalhando pelo Centro-Sul do país até a metade da próxima semana. Com isso, deve atingir os três estados do Sul e, com moderada intensidade, São Paulo, Minas Gerais (sul do estado) e Rio de Janeiro. Nas demais áreas mineiras, assim como no interior do Centro-Oeste, também há potencial para ocorrência de episódios de chuva, de uma forma mais isolada e com baixos acumulados.

Na maior parte do interior do Brasil as chuvas não devem ter grandes volumes acumulados e não chegam a recuperar a umidade do solo. Contudo, ela tende a impactar nas atividades do campo, especialmente em áreas que ainda estão em fase de maturação e colheita do milho.

O aumento da umidade também pode impactar negativamente a qualidade da pluma e a colheita do algodão. Até mesmo a colheita da cana-de-açúcar sobre o Centro-Sul do país pode sofrer com isso. Por outro lado, os episódios de chuva devem beneficiar as lavouras tardias de cana, que ainda estão em fase de desenvolvimento.

Possibilidade de geada no RS

geada
Foto: Giro do Boi/reprodução

Ao longo da próxima semana há previsão para volume expressivo de água no norte do Amazonas, no interior de Roraima e sobre a faixa leste do Nordeste. Os maiores volumes migram para o litoral da Bahia, enquanto nas demais regiões as instabilidades perdem força.

Quanto às temperaturas para os próximos dias, há previsão para um novo declínio das temperaturas mínimas sobre o Sul do Brasil entre a sexta-feira (5) e o sábado (6), podendo ocorrer episódios de geadas. A Serra e a Campanha gaúcha são as áreas onde devem gear no fim desta semana.

O declínio mais acentuado das temperaturas mínimas, porém, está previsto para a segunda metade da próxima semana, especialmente a partir da madrugada do dia 10. Na data, segundo as previsões da Climatempo, aumenta-se o risco para ocorrência de geadas desde o interior gaúcho até o sul do Paraná — e, obviamente, passando por Santa Catarina.

Nas demais áreas do Centro-Sul, as temperaturas devem diminuir a partir do dia 10 de agosto, mas o risco é baixo para ocorrência de geadas em áreas produtoras. No decorrer da segunda quinzena do mês, por ora, estão previstos pelo menos mais dois episódios de chuva, com os maiores volumes sendo aguardados na região Sul.