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Nova queda da Bolsa da China preocupa mercado brasileiro

Banco central do país asiático injetou US$ 20 bilhões para acalmar o mercado mundial. Para analistas, não há riscos de diminuição dos embarques do Brasil

Fonte: divulgação/Pixabay

Uma nova queda da Bolsa da China nos primeiros dias do ano assustou a economia mundial. O país asiático é o principal parceiro comercial do Brasil em commodities agrícolas, e o maior comprador de nossa soja.

Para acalmar o mercado global, nesta quarta, dia 6, o banco central chinês injetou US$ 20 bilhões em ações de curto prazo. A iniciativa deu certo, fazendo o índice das ações em Xangai fechar em alta de 2,27%. Analista alerta, no entanto, que os problemas internos do Brasil é que realmente merecem atenção neste momento.

A notícia da desaceleração da segunda maior economia do mundo fez com que mercados exportadores acendessem sinal de alerta. De acordo com o vice-diretor da faculdade de Economia da Fundação Armando Alvares Penteado (Faap), Luiz Alberto Machado, a China já havia reduzido a expectativa de crescimento ara 2015, mas o recuo foi ainda maior do que o previsto.

“Como não se está acostumado com erro da China, ainda mais um erro para baixo, isso acabou provocando uma repercussão muito grande do mundo inteiro”, diz Machado.

Segundo ele, a indústria do gigante asiático está recuando, enquanto o setor de serviços toma o caminho inverso. Esse último dado seria um indicador de desenvolvimento.

O governo chinês projeta uma expansão do PIB de 7% neste ano, enquanto as previsões do mercado indicam menos de 5%. Analistas afirmam que, em qualquer hipótese, as exportações para a China não deve ser afetada.

O país deve continuar importando grande quantidade de soja, proveniente tanto do Brasil quanto da Argentina, afirma o analista de mercado da consultoria INTL FCStone Glauco Monte.

“Os preços internacionais não estão tão altos, o que deve permanecer incentivando o consumo”, diz ele, acrescentando que a manutenção da taxa de câmbio para o dólar favorece a rentabilidade do produtor brasileiro.

Para Luiz Monteiro, da Faap, a saúde econômica do Brasil é mais preocupante do que a chinesa, já que o país teria a perspectiva de um crescimento negativo pelo segundo ano consecutivo e com um imbróglio político que estaria longe de ser resolvido. “Eu tenho inveja da situação que a China está passando”, diz.

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