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Diversos

Novembro terá chuva acima da média em algumas regiões

Segundo a previsão do tempo, a configuração de distribuição de chuva será benéfica para agricultura na maior parte do país neste mês

O mês de novembro terá chuva acima do normal no centro e norte do Brasil e a semana será de temporais no Matopiba, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e leste do Amazonas. O novo “epicentro” da chuva forte será o Matopiba. A previsão do desvio de precipitação varia entre 200 e 250 milímetros a mais que o normal em áreas do oeste e noroeste da Bahia. Isso quer dizer que a região de Luís Eduardo Magalhães poderá receber entre 400 e 450 milímetros de chuva, mais que o dobro do normal para época do ano. Os desvios também serão expressivos no Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, norte de Mato Grosso do Sul, Pará e sudeste do Amazonas.

Por outro lado, vai chover menos que o normal em boa parte da região Sul. No sul, leste e norte do Rio Grande do Sul e no sul e meio oeste de Santa Catarina, choverá entre 75 e 100 milímetros menos que o normal. Em Pelotas-RS, por exemplo, considerando o desvio previsto, o acumulado total de novembro não deverá alcançar os 30 milímetros, correspondendo a 30% da média histórica.

Ainda assim, segundo a previsão do tempo, a configuração de distribuição de chuva será benéfica para agricultura da maior parte do país. Para complementar as informações, a chuva já migra para o centro e norte do Brasil nesta primeira semana de novembro com acumulados mais elevados sobretudo nas áreas de café, cacau e pastagens do sul da Bahia. Na região de Barra do Choça, por exemplo, estimam-se mais de 200 milímetros em apenas cinco dias. A umidade do solo aumentará em pelo menos 20 pontos percentuais no norte de Minas Gerais e de Goiás, nordeste de Mato Grosso e em boa parte do Matopiba. No Rio Grande do Sul, tempestades atingem o estado na quarta-feira, 3, e há previsão de chuva forte na sexta-feira, 5. Por isso, também há previsão de aumento da umidade do solo nesta semana.

No interior de São Paulo, por outro lado, mal deverá chover, ajudando o término da colheita da cana-de-açúcar e tratos culturais em laranja. Na segunda semana de novembro, choverá mais que o normal para época do ano no centro e norte do Brasil, desde Minas Gerais, Espírito Santo, Goiás e Mato Grosso até Roraima. Além de tudo, o fenômeno La Niña lembrará que está ativo com queda de temperatura mínima no Rio Grande do Sul e no sul de Santa Catarina entre o sábado, 6, e a terça-feira, 9, da semana que vem.

O mês de outubro de 2021 terminou bem mais chuvoso que o mesmo período do ano passado. Estimativa por satélite indica acumulado acima dos 500 milímetros em boa parte do Paraná, sul de Mato Grosso do Sul e oeste de Santa Catarina, além de áreas do leste do Paraguai e nordeste da Argentina. Ademais, o acumulado alcançou 300 milímetros em no norte do Rio Grande do Sul, oeste, sul e norte de São Paulo, sul de Minas Gerais, algumas áreas do centro e norte de Mato Grosso, oeste de Tocantins, sul do Pará e norte de Rondônia.

O plantio da primeira safra, por consequência, avança mais rapidamente no Brasil com destaque para os quase 85% de soja instalados em Mato Grosso contra menos de 55% no mesmo período do ano passado. No Paraná, Santa Catarina, São Paulo, Rio Grande do Sul e em Mato Grosso do Sul, a chuva excessiva traz problemas. Há relatos de germinação do trigo no campo no Rio Grande do Sul, replantio de soja no Paraná, plantio mais lento da soja em áreas argilosas de Mato Grosso do Sul e paralisação do plantio de milho em São Paulo.

Por fim, apesar de toda a chuvarada no Brasil, o acumulado ficou abaixo da média em boa parte da região Norte e em Mato Grosso. O plantio está quase finalizado em Mato Grosso, mas algumas fazendas estão com as atividades paralisadas e há risco de replantio em áreas mais arenosas.

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