Um número recorde de países – incluindo os Estados Unidos e a China, os maiores poluidores do mundo – assinou nessa sexta, dia 22, na sede das Nações Unidas (ONU) em Nova York, o acordo histórico que visa diminuir o aquecimento do planeta, negociado em dezembro passado na capital francesa, na Conferência das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas (COP21), conhecido como Acordo de Paris.
A China e os Estados Unidos foram representados, respectivamente, pelo vice-primeiro-ministro Zhang Gaoli e o secretário de Estado John Kerry.
Os países signatários representam mais de 93% das emissões de gases de efeito de estufa, responsáveis pelo aquecimento global e as mudanças climáticas, segundo a organização não governamental World Ressources Institute.
A assinatura é apenas uma primeira etapa. O acordo só entra em vigor quando 55 países responsáveis por pelo menos 55% das emissões daqueles gases o ratificarem.
O número de pelo menos 171 países signatários em um único dia é um recorde. O precedente datava de 1982, quando 119 países assinaram a convenção da ONU sobre o direito do mar.
Os cientistas defendem uma ação imediata. O último mês foi o março mais quente já registrado, segundo os meteorologistas dos Estados Unidos. Há 11 meses, cada mês bate um recorde de calor, uma série inédita em 137 anos de registros.