Uma nuvem gigante que se formou nesta quinta-feira, dia 9, entre o Rio Grande do Sul e o Uruguai, assustou os produtores rurais da região. Com o nome de lenticular, mais conhecida como “nuvem prateleira” pelos meteorologistas, o aglomerado de formações carregadas se forma com a junção de calor e umidade.
O produtor rural e engenheiro agrônomo, Ricardo Zart, que estava em sua propriedade no momento em que a nuvem se formou, enviou imagens ao Canal Rural. Ele explica que devido aos ventos fortes a soja acamou e o arroz que está em fase de colheita ficou debulhado.
“A nuvem começou a se formar por volta das 12h e as chuvas duraram cerca de 12 horas. Nós tivemos o registro de volume entre 40 a 150 milímetros dependendo da região” explica Zart.
De acordo com os Sindicatos Rurais de Bagé e Dom Pedrito, no Rio Grande do Sul, não houve registro de granizo e perdas maiores nas lavouras.
Segundo a meteorologista da Somar, Desirée Brandt, a grande instabilidade provoca chuva. Principalmente com fortes rajadas de vento. O fenômeno, no entanto, não é capaz de formar um tornado, por exemplo.
“Apesar de ser instável, a nuvem não produz tornado, produz frente de rajada – antes de chegar a chuva já fica ventando. São comuns na região Sul, principalmente no Rio Grande do Sul. São varias camadas de nuvens na horizontal, por isso o nome prateleira”, conta.