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Agronegócio

'Produtor está segurando a venda da soja', comenta economista-chefe da Farsul

Segundo Antônio da Luz, cenário é de incertezas. "Em momentos de muita turbulência como esse, quando não se sabe para onde ir, a melhor coisa é ficar onde está", afirma

Comercialização da soja parada. É o que apontam algumas consultorias de mercado. Incertezas sobre a safra americana, baixos estoques e variações no câmbio podem ser os motivadores dessem momento de cautela. Quem comenta o cenário da sojicultura é o economista-chefe da Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul), Antônio da Luz.

“O produtor está segurando a venda da soja. Mas muitos já fizeram uma quantidade significativa de vendas, ao contrário do que estão dizendo muitos analistas de mercado. Não sei se ainda tem tanta soja pra vender. Em momentos de muita turbulência como esse, quando não se sabe para onde ir, a melhor coisa é ficar onde está — esse ensinamento simples tem servido para muitos produtores nesse momento”, afirma o especialista.

“Estamos terminando o ciclo da safra americana. Até o início de setembro, eles começam a colher e as incerteza sobre o clima vão desaparecer. Até agora, o mercado está muito ancorado no clima, é um mercado climático terrível”, acrescenta.

“Operar desse jeito, tomar decisão assim é muito complicado. Além do mais, estamos com uma taxa de câmbio muito volátil. Como se não bastassem todas as incertezas em relação à peste suína africana, que ninguém sabe o tamanho. São muitas e muitas incertezas, é natural que os produtores aguardem dar uma clareada. Isso em relação à soja disponível, que pode não ser tanta quanto se espera”, analisa da Luz.

“Quando olhamos para 2022, e esse é um período em que as pessoas começam a se organizar para fazer contratos para o ano seguinte, temos mais incertezas ainda, temos Eleições que, hoje, parecem incertas”, observa.

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