O Halloween, muito popular nos Estados Unidos e em outros países, tem suas origens em uma antiga celebração agrícola celta chamada Samhain, realizada há mais de dois mil anos. Esse festival marcava o fim da colheita e o início das estações frias no hemisfério norte, sendo um momento de preparação para o inverno rigoroso.
Com o significado de “fim do verão”, o Samhain também era visto como o Ano Novo Celta e envolvia a colheita de grãos e vegetais, além do preparo de animais para o inverno. O festival era celebrado com banquetes, fogueiras e rituais para proteger as comunidades e garantir uma boa safra no ano seguinte.
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O Samhain, entretanto, não estava ligado apenas à agricultura, mas também a aspectos espirituais. Na tradição celta, acreditava-se que durante o Samhain o mundo dos vivos e dos mortos se tornava mais próximo, permitindo que as almas dos antepassados visitassem suas antigas casas. Para afastar maus espíritos, os celtas usavam máscaras e acendiam fogueiras.
Com a migração de irlandeses para os Estados Unidos no século 19, a celebração celta do Samhain se transformou, gradualmente, no Halloween moderno, que incorporou elementos típicos da cultura agrícola americana.
Nos Estados Unidos, abóboras, espantalhos e milho passaram a simbolizar a celebração. A famosa “Jack-o’-lantern” — abóbora esculpida com rosto assustador — substituiu o nabo, um vegetal utilizado originalmente na Irlanda para simbolizar a lenda de Jack, um personagem que enganou o diabo.
O espantalho, uma figura comum nas plantações de milho americanas, também se tornou parte das decorações de Halloween, refletindo a importância da agricultura na festa.
Assim, mesmo com o passar dos séculos, o Halloween moderno mantém uma forte conexão com suas origens agrícolas, celebrando a colheita e a conexão simbólica entre a vida e a morte.