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Agricultura

Pesquisadores desenvolvem capim que permite prolongar o pastejo

A descoberta é importante pois o capim é amplamente empregado na alimentação de gado leiteiro, especialmente na Região Sul

Pesquisadores da Embrapa desenvolveram uma nova cultivar de capim azevém (Lolium multiflorum Lam.) com produtividade de folhas até 20% maior em comparação às tradicionais da mesma espécie.

Trata-se de um avanço importante uma vez que esse capim é amplamente empregado na alimentação de gado leiteiro, especialmente na Região Sul. Em produtividade de forragem, o material recém-desenvolvido gerou 2% mais do que as cultivares BRS Ponteio e a Fepagro, dois importantes materiais de azevém que estão no mercado. Chamada de BRS Estações, a nova cultivar ficou entre as mais produtivas em experimentos realizados no Paraná.

Com lançamento agendado para 1º de setembro a BRS Estações apresenta ciclo produtivo longo, persistindo até novembro, de acordo com a pesquisadora da Embrapa Gado de Leite Andréa Mittelmann.

“O capim permite prolongar o pastejo, contribuindo para o enfrentamento do vazio forrageiro de primavera”, destaca a pesquisadora.

“Por ser proveniente de populações adaptadas à Região Sul do Brasil, a planta tem boa adaptação e sanidade, além de possuir alta produtividade de forragem, com excelente qualidade, devido ao florescimento tardio e à excelente relação folha/colmo”, relata a pesquisadora da Embrapa Clima Temperado Fernanda Bortolini.

A pesquisadora realça ainda a produtividade das sementes, por ter espigas densas e capacidade de ressemeadura natural. O analista da Embrapa Sérgio Bender diz que o capim se destaca, principalmente, pela boa produtividade das folhas, o que dá mais qualidade ao pastejo.

Essa é a terceira cultivar de capim azevém desenvolvida pela Embrapa. A primeira, BRS Ponteio, ocorreu há uma década e foi considerada um sucesso pelo setor, com uma produtividade 7% maior que as concorrentes, na época. A segunda, BRS Integração, lançada em 2017, possui um ciclo mais curto (20 dias a menos), produzindo 5% a mais que a BRS Ponteio e se adapta bem aos sistemas de Integração Lavoura Pecuária (ILP).

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