A partir desta quarta-feira, dia 23, os combustíveis ficarão mais baratos nas refinarias de todo o país. Informações divulgadas pela Petrobras indicam que o preço da gasolina cairá 2,08% e o do diesel, 1,54%.
A queda no preço da gasolina ocorre depois de 11 aumentos consecutivos nos últimos 17 dias e após o preço do produto ter, em maio, alta acumulada de 16%. Com a queda, o preço do combustível nas refinarias cairá para R$ 2,0433.
No caso do diesel, com a queda de 1,54%, após sete aumentos consecutivos, o produto passará a custar nas refinarias R$ 2,3351. O diesel acumula desde o dia 1º de maio alta de 12,3%.
A queda de preços anunciada pela Petrobras se dá um dia depois de a companhia ter informado mais um aumento nas refinarias de todo o país nos valores do diesel, que subiu 0,97%, e nos da gasolina, com alta de 0,9%.
Governo não considera mudar política de preços da Petrobras
Após reunião com os ministros da Fazenda, Eduardo Guardia, e de Minas e Energia, Moreira Franco, em Brasília, o presidente da Petrobras, Pedro Parente, informou que o governo nunca considerou mudar a política de reajuste de preços dos combustíveis da estatal.
“Na abertura da reunião, foi logo esclarecido que de maneira nenhuma o objetivo seria o governo pedir qualquer mudança na política de preços da Petrobras”, disse, informando que os reajustes estão relacionados aos preços internacionais e ao câmbio.
Segundo Parente, a reunião teve o objetivo de dar informações sobre a dinâmica de mercado. Perguntado se a redução dos preços da gasolina e do diesel foi feita por pressão política, Parente explicou que a decisão foi tomada em função da queda do dólar nesta segunda-feira.
“A redução de hoje é simples de entender: houve uma redução importante de câmbio. É a prova de que essa política tanto funciona na direção de subir os preços quanto de cair os preços. O Banco Central interveio com mais intensidade no mercado, houve uma redução de câmbio e isso foi refletido no preço”, disse.
Com reforço da intervenção do Banco Central no mercado, o dólar comercial encerrou o pregão desta segunda-feira em queda de 1,35%, cotado a R$ 3,689. O resultado ocorre após seis altas consecutivas da moeda norte-americana frente ao real. Ao longo da semana passada, o dólar se valorizou 3,85% e chegou a valer mais de R$ 3,74 na sexta-feira, 18.
Parente evitou falar sobre eventuais medidas que o governo possa adotar para reduzir os preços dos combustíveis, como mudanças na tributação. “O governo está preocupado com os preços e está procurando ver o que, no nível deles, pode ser feito”, disse. Ele acrescentou que o assunto é de responsabilidade do governo. “Sobre esses temas da alçada do governo, só as autoridades do governo têm que falar”, afirmou, ao deixar o Ministério da Fazenda.