Os dados, apurados pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada/USP (Cepea), foram divulgados pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg). A entidade dá apoio ao levantamento, ao lado do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-MG) e a Secretaria de Estado da Agricultura (Seapa).
Em fevereiro, ante o mesmo mês do ano passado, o PIB do agronegócio mineiro avançou 0,47%. Os setores básico (0,97%), indústria (0,06%) e serviços (0,57%) foram destaque nas altas no período. Já o segmento de insumos recuou 1,92%, reflexo da crise econômica do país.
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– Os fertilizantes e corretivos de solo, por exemplo, apresentaram retração no volume e a comercialização também ficou comprometida pela greve dos caminhoneiros, que aconteceu naquele mês. Outro fator foi o encarecimento de insumos importados pela desvalorização cambial – explicou a assessora técnica da Faemg, Aline Veloso, em nota.
As atividades agrícolas subiram 17,54% em relação ao ano passado. A estiagem afetou a produção, mas o aumento de preços alavancou o faturamento. Destaque para café (36,66%), batata (71,74%), laranja (8,45%), banana (6,65%) e feijão (59,11%). As atividades pecuárias avançaram 1,13% em fevereiro, considerando-se apenas a variação nos preços dos produtos analisados, especialmente da bovinocultura (bois, 23,29%, e vacas, 22,85%), ovos (9,44%) e leite (6,30%).
PIB 2015
Com o resultado de fevereiro, a renda do agronegócio mineiro estimada para o ano passa a R$ 164,618 bilhões ante uma projeção de R$ 166,575 bilhões quando considerados somente os dados de janeiro. Desse valor, estima-se que R$ 78,002 bilhões (ou 47,76% do total) sejam resultantes do ramo da agricultura e R$ 86,616 bilhões (52,24%) do pecuário.