O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio brasileiro teve alta pelo segundo mês consecutivo, com crescimento de 0,73% em agosto. No acumulado do ano, a alta é de 1,38%, segundo dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), calculados em parceria com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) e a Fundação de Estudos Agrários Luiz de Queiroz (Fealq).
O segmento de insumos apresentou aumento de 0,41% em agosto, mantendo o movimento de alta observado desde o início do ano. Com isso, acumulou crescimento de 8,34% nos primeiros oito meses de 2019.
De acordo com o boletim, a alta tem sido impulsionada principalmente pelos maiores preços de fertilizantes e defensivos, que deverão impactar o custo de produção da safra agrícola 2019/2020.
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Já os segmentos da agroindústria e serviços tiveram elevações de 0,87% e 1,23% em agosto e de 2,51% e 2,44% de janeiro a agosto, respectivamente. Já a atividade primária (dentro da porteira) apresentou queda mensal de 0,26% e recuo de 3,25% no acumulado.
A pecuária foi a principal responsável pelo resultado positivo do PIB do agronegócio, tanto no mês quanto no acumulado do ano, com variações positivas de 2,76% e 9,99%, respectivamente, e expansão de todos os segmentos da cadeia produtiva.
Apesar da alta de preços de insumos importantes como rações e medicamentos para animais, a demanda internacional por proteínas segue aquecida, reflexo da Peste Suína Africana (PSA). Desta forma, os maiores preços e o aumento da produção, principalmente dentro da porteira e na agroindústria, explicam o crescimento do PIB.
Já no ramo agrícola, houve recuo de 0,09% em agosto, mantendo o resultado negativo no acumulado do período, com queda de 1,82%. No mês, apenas o segmento primário apresentou redução (-0,95%), enquanto insumos (0,39%), agroindústria (0,26%) e agrosserviços (0,05%) cresceram.
No acumulado do ano, o segmento primário na agricultura, juntamente com os agrosserviços, apresentaram reduções de 10,68% e 0,70%, respectivamente. Os insumos avançaram 10,37%, e a agroindústria, 1,11%.