“Os pilares [do PNE], no aspecto macro, são a simplificação nas transações, retomada de negociações bilaterais com uma série de países e o fortalecimento de mercados alvos, no sentido de segmentos econômicos com os quais a gente quer focar o setor de exportações de serviços”, disse Maia, durante o lançamento da edição 2015 do Encontro Nacional de Comércio Exterior (Enaex), previsto para os dias 19 e 20 de agosto, no Rio.
O secretário ressaltou que serão intensificadas as relações comerciais com uma série de países. “Já iniciamos esse trabalho. A primeira visita que o ministro [Armando Monteiro Neto] fez para o exterior, logo depois de tomar posse, foi para os Estados Unidos. Estamos retomando as relações com os Estados Unidos. A gente teve uma visita importante agora, no México, onde incrementamos uma pauta bastante importante de acordos comerciais. E estivemos no Chile na semana passada.”
Maia ressaltou, porém, que essas ações bilaterais não significam que haverá enfraquecimento econômico do Mercosul. “Continua o Mercosul da mesma forma, e agora a gente está retomando algumas relações que entendemos serem importantes para nossa pauta de exportações. É uma nova diretriz. Obviamente, os acordos do bloco continuam mantidos. Mas nós vamos procurar dinamizar essas demais relações. Não são extra Mercosul, porque estão dentro do escopo do acordo. Continuamos com o Mercosul, só procurando ampliar essa pauta de relações.”
O presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), José Augusto de Castro, comemorou a decisão do país de estreitar relações comerciais com mercados de forte potencial comprador, como os Estados Unidos. Ele disse que o setor exportador aguarda com expectativa positiva o lançamento do PNE.
“A expectativa é boa. Temos esperanças de que esse plano possa ser, no futuro, um embrião de uma política de comércio exterior. Ele tem uma coisa muito importante. De uns anos para cá, a palavra Estados Unidos era proibida. Nunca entrou em nenhum plano. Nesse, agora, os Estados Unidos são a estrela. E basicamente o foco são eles. O Brasil agora passou a focar os Estados Unidos. Não abandonou a África e América do Sul, que eram os dois mercados prioritários, mas passa a dar foco ao maior mercado importador do mundo”, destacou o presidente da AEB.