Plano Safra precisa garantir recursos, diz ex-ministro da Agricultura

Na abertura da Expozebu, Antônio Andrade, atual vice-governador de Minas Gerais, reforçou a importância da agricultura no Estado O ex-ministro da Agricultura Antônio Andrade (PMDB), atual vice-governador de Minas Gerais, disse na Expozebu nesse domingo, dia 3, que não devem faltar recursos para a agropecuária no Plano Agrícola e Pecuário 2015/2016, a ser anunciado pelo governo federal no próximo dia 19. 

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– Um terço do PIB mineiro vem da agropecuária e temos que receber o reconhecimento nacional da importância do setor no Estado – ressalta.

Na abertura da feira, realizada em Uberaba, Andrade elogiou o novo secretário da Agricultura do Estado, João Cruz Reis Filho, por se reunir periodicamente com as empresas vinculadas, como a Emater-MG, Fapemig, Epamig e Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA).

Plano de Defesa Agropecuária

O presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ), Luiz Claudio Paranhos, disse esperar que o Plano Nacional de Defesa Agropecuária, a ser anunciado na quarta, dia 6, pela ministra da Agricultura, Kátia Abreu, tenha ações e propostas de longo prazo.

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– A defesa sanitária é muito mais eficaz se tiver um planejamento de longo prazo. Não adianta em um ano resolver os problemas da sanidade brasileira. Acredito que a ministra fez um plano digno do tamanho da pecuária nacional – comenta o dirigente.

Gasoduto

O vice-governador Antônio Andrade também falou sobre os planos para o gasoduto que transportará gás natural para a fábrica de amônia a ser instalada em Uberaba.

– O Estado não vai deixar a fábrica de amônia não funcionar por falta de gás. Estamos no momento estudando se a linha de gás virá de São Paulo ou de Belo Horizonte – afirma Andrade.

O projeto inicial previa que a tubulação de 450 quilômetros ligasse a cidade de Queluzito, na região metropolitana de Belo Horizonte, a Uberaba e Uberlândia, passando por Delta, Araxá, Divinópolis e outras 23 cidades.

Expozebu

Sobre a ExpoZebu,  Luiz Claudio Paranhos disse não conseguir prever um aumento dos negócios por causa do cenário econômico desfavorável.

– Vivemos uma situação de crise, de juros mais altos e menos crédito disponível. Conseguir R$ 50 milhões em faturamento direto em leilões e algo em torno de R$ 120 milhões em negócios paralelos, cifras conquistadas na edição do ano passado, é uma boa expectativa – explica.

De acordo com ele, a estabilidade do desempenho deverá ser garantida pelo cenário positivo da pecuária nacional.

– Estamos com a arroba valorizada e os preços nos contratos futuros indicando sustentação ou até valorizações. Isso de certa maneira equilibrará o mau momento da economia nacional – reforça Paranhos.