O presidente do diretório do PMDB na Bahia, Geddel Vieira Lima, vai pedir a expulsão da ministra da Agricultura Kátia Abreu do partido. O pedido será entregue à executiva nacional da legenda, em Brasília, na manhã da próxima terça-feira, 5 de abril.
Como existe prazo para apresentação de defesa e para votação de requerimentos dessa natureza, será solicitada também uma medida cautelar para suspensão imediata da filiação da ministra para que ela deixe de representar a sigla a partir da próxima semana.
Em entrevista por telefone ao Canal Rural, Geddel Vieira Lima elencou uma série de razões para justificar a expulsão de Kátia Abreu do PMDB. Segundo ele, a ministra “agrediu uma decisão do partido” ao permanecer no cargo após a saída da sigla da base do governo.
Ele disse também que a ministra nunca representou os interesses da legenda. “Ela não tem compromisso com nada nem ninguém a não ser querer ser ministra, que é o sonho da vida dela e porque é ‘amiguinha’ da presidente Dilma. Ela só entrou no PMDB para isso, para ser ministra. Não tem vinculação nenhuma com o partido”, afirmou.
Geddel também criticou as manifestações de Kátia Abreu no Twitter ao anunciar a permanência no cargo e no partido, em desobediência à decisão da executiva nacional, o que classificou como “arrogante”.
Outra crítica foi para a notícia publicada no site oficial do Ministério da Agricultura de um convite feito por deputadas do PR para Kátia Abreu ingressar na legenda. “Usa veículo oficial para publicar notícias pessoais”.
E ainda destacou a proximidade da ministra com o PSD. “Tem um filho, o deputado federal Irajá Abreu, que é do PSD. Ela está fazendo um diretório do PSD no Tocantins. Não há motivos para permanecer no PMDB”.
O Conselho de Ética do PMDB vai analisar o pedido de expulsão formulado pelo diretório da Bahia a partir de terça-feira, quando de fato será entregue, em Brasília.
A redação tentou entrar em contato com a ministra Kátia Abreu, mas todos os telefones estavam desligados.