SAÚDE PÚBLICA EM RISCO

Polícia prende grupo que vendeu 800 kg de carne que ficou submersa na enchente do RS

Produto foi adquirido sob alegação de que seria usado como ração animal, mas foi vendido para consumo humano

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Foto: Pixabay

A Polícia Civil do Rio de Janeiro realizou uma ação nesta quarta-feira (22) contra uma empresa do município de Três Rios que vendeu carne que ficou submersa em Porto Alegre, durante a enchente que devastou o Rio Grande do Sul, em 2024. A Operação Carne Fraca é coordenada pela Delegacia do Consumidor do Rio de Janeiro (Decon-RJ) e tem o apoio da Decon-RS.

De acordo com as investigações, entre maio e junho de 2024, os empresários adquiriram 800 toneladas de carne bovina que ficou submersa por vários dias na capital gaúcha.

A alegação foi que o produto seria usado na fabricação de ração animal. No entanto, a carne foi comercializado como carne para consumo humano, colocando em risco consumidores em diversas regiões do país.

Prisão e apreensões

Mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas residências dos envolvidos e na sede da empresa.

Em um dos locais, os policiais encontraram produtos estragados, o que resultou na prisão de um dos sócios por armazenar mercadoria imprópria para o consumo.

Ao todo, quatro pessoas foram presas em flagrante.

Crimes relacionados à venda de carne estragada

Os responsáveis pela empresa podem responder pelos crimes de associação criminosa, receptação, adulteração e corrupção de alimentos.

As investigações continuam para apurar se outras empresas participaram do esquema de venda irregular da carne contaminada.