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Polícia Federal nega que investigação inclua o ministro Neri Geller

Odair e Milton Geller se entregaram à Polícia Federal e estão no Centro de Custódia de Cuiabá (MT)Odair e Milton Geller, apontados como membros de um esquema de comércio e exploração de lotes destinados a reforma agrária do Projeto de Assentamento Itanhangá, se entregaram na noite desta quinta, dia 27, à Superintendência Polícia Federal, em Cuiabá (MT).

No início da noite desta sexta, dia 28, a Polícia Federal divulgou nota negando que o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Neri Geller esteja incluído nas investigações da Operação Terra Prometida. De acordo com a nota, “inquérito policial da referida operação não investigou o Ministro da Agricultura nos crimes ali apurados”.

A suspeita de envolvimento do ministro foi pubilcada no site do jornal O Globo durante a tarde. De acordo com o site, o ministro estaria sido “citado várias vezes ao longo da investigação”.

Os irmãos do ministro, Milton e Odair Geller, estão presos no Centro de Custódia da cidade, e devem depor ainda na tarde desta sexta, dia 28 ou no sábado, dia 29, pela manhã. O ex-prefeito de Lucas do Rio Verde (MT), Marino Franz, também está preso no local.

As informações foram confirmadas pelo advogado Edy Piccini, que representa Milton Geller. Piccini disse só depois de ter acesso ao processo pedirá o relaxamento de prisão de seu cliente. Ele afirma que não há provas que incriminem os dois irmãos e que as acusações têm motivação política.

Os irmãos Geller são acusados de comercializar 15 lotes de terras, usando familiares e empregados como “laranjas”, para obtenção da titularidade das áreas. No total, 52 mandados de prisão preventiva foram expedidos e 22 pessoas foram presas até o final da noite de quinta, em dez municípios de Mato Grosso, pela Operação Terra Prometida.

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