A Polícia Civil de Uruçuí (PI) deflagrou na manhã desta quarta-feira, dia 23, a Operação “Toxicum”, que prendeu o líder de uma quadrilha especializada no roubo de defensivos agrícolas. A ação também aconteceu nos estados do Maranhão, Goiás, Bahia e Tocantins.
A operação teve início no dia 12 de novembro. Aproximadamente 15 assaltantes invadiram a fazenda Serra Branca, na zona rural de Uruçuí, para roubar produtos avaliados em R$ 3,5 milhões. A polícia foi acionada para evitar o crime e houve troca de tiros. Durante a ação, um dos criminosos morreu e outros cinco foram presos nos dias seguintes.
Nesta quarta, a polícia conseguiu prender Cleber Batz, acusado de ser o líder da quadrilha. A prisão aconteceu em Goiânia, em um condomínio de luxo. De acordo com o Coronel Nelson Feitosa, comandante do 10º Batalhão de Uruçuí, outro homem – ainda não identificado – foi detido em Gurupi (TO).
“Cleber é um fazendeiro do Maranhão. Ele é acusado de roubos em pelo menos cinco estados da federação. Boa parte da quadrilha é do Tocantins. Ele foi preso quando retornava do Rio Grande do Sul. O carro dele, utilizado no dia da tentativa de assalto, também foi apreendido em Goiânia”, afirmou Nelson Feitosa.
Agora, a polícia busca outros envolvidos na quadrilha. Além das apreensões, as autoridades apostam em conduções coercitivas e novos mandatos de prisão para que o bando seja completamente detido.
Época do ano impulsiona roubos
De acordo com Glaydson Divino, delegado do Grupo de Repressão a Crimes Rurais e de Divisas (GRCRD) da Polícia Civil de Goiás, este tipo de crime é recorrente nesta época do ano, quando se inicia o plantio nas propriedades rurais. Para ele, a falta de segurança nas fazendas é o que mais contribui para o aumento das estatísticas e formação de quadrilhas.
“Normalmente, esses produtos são armazenados em galpões ou barracão sem nenhum tipo de proteção. Esta situação acabou criando um novo nicho para os criminosos, que não encontram dificuldade no acesso às fazendas”, avaliou.
A polícia do Goiás está envolvida com outras duas operações envolvendo o roubo de defensivos agrícolas, que acumulam o total de R$ 4,5 milhões em prejuízos.