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Preço do diesel tem 4ª queda semanal seguida, mas não chega ao consumidor

Maiores reduções de valor foram verificadas nos estados do Norte do país, porém limitadas ao teto de R$ 0,39 em Roraima

bomba de combustível
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Passado um mês do congelamento do preço do óleo diesel nas refinarias da Petrobras, em R$ 2,0316 o litro, os consumidores do combustível ainda não sentiram a queda de R$ 0,46 nos postos prometida pelo governo para acabar com a greve dos caminhoneiros em maio, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis referente à semana de 24 a 30 de junho.

Em relação à semana antes da greve dos caminhoneiros, de 13 a 19 de maio, quando a média do litro do diesel no país custava R$ 3,595, a retração média foi de R$ 0,20 na semana de 24/6 a 30/6, passando a valer R$ 3,389. O desconto, porém, já é maior do que o verificado na semana anterior, sendo a quarta queda semanal consecutiva. Em relação à primeira semana da greve, de 20/5 a 26/5, o recuo ficou em R$ 0,39, já que os preços dispararam com os problemas de abastecimento e estavam em R$ 3,788. Na segunda semana de greve, o preço atingiu o auge: R$ 3,828.

A composição do preço diesel se divide em 54% pelo custo de venda em refinaria, que corresponde à realização da Petrobras; 25% referente a impostos; 0,7% do custo do biodiesel (mistura de 10%); e 14% a realização das distribuidoras e revenda, segundo dados da Petrobras na semana de 17 a 23 de junho.

As maiores reduções de preço foram verificadas nos estados do Norte do país, porém limitadas ao teto de R$ 0,39 em Roraima. O Amapá praticou descontos de R$ 0,37, o mesmo valor para abastecer no Amazonas. Os preços na região devem cair ainda mais a partir deste domingo, dia 1º, quando os três estados vão reduzir o preço médio ponderado ao consumidor final (PMPF) do óleo diesel, usado como base para o ICMS. Também vão reduzir o PMPF a partir de domingo o Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Roraima, Rio Grande do Sul, Sergipe e Tocantins, segundo publicado ontem do Diário Oficial da União.

São Paulo e Espírito Santo, primeiros estados a reduzir o ICMS, ficaram acima do preço médio do Brasil e registraram na semana queda de R$ 0,24 e R$ 0,17, respectivamente. A pior situação é do Acre, que continua liderando a alta do preço do combustível, com queda de apenas R$ 0,03 na bomba, com o litro do diesel vendido por R$ 4,326. No Rio de Janeiro, a queda foi de R$ 0,27, a mesma registrada pelo Rio Grande do Norte.

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