O mercado físico do boi gordo segue com preços firmes.
Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, houve novamente registro de negócios na faixa de R$ 300 a arroba em São Paulo.
No entanto, esse ainda é o teto dos preços neste momento, com dificuldades de avançar acima dessas cotações.
A movimentação cambial e a potencial valorização dos preços em dólar pagos pela tonelada da carne bovina no mercado internacional são fatores importantes que podem colaborar para esse movimento, disse Iglesias.
No Centro-Norte do país, o mercado ainda conta com maior volume de animais ofertados, no entanto com preços acomodados durante a semana, sem a pressão de queda que estava presente em semanas anteriores.
O grande problema ainda é a diferença na formação de receitas entre frigoríficos que atuam apenas no mercado doméstico e aqueles que exportam, em especial para a China.
Os frigoríficos exportadores têm muito mais fôlego para pagar valores maiores pela arroba do boi gordo, completou.
Em São Paulo, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 296.
Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 267.
Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 297 por arroba.
Boi no atacado
O mercado atacadista apresentou preços mais altos para a carne bovina.
Segundo Iglesias, até mesmo cortes nobres apresentaram reajustes nos últimos dias, a exemplo da alcatra e da picanha.
Com a reposição mais lenta entre atacado e varejo durante a segunda quinzena do mês a tendência é por menor propensão a reajustes.
A situação das proteínas concorrentes ainda é um limitador, em especial da carne de frango, que ainda apresenta dificuldades no decorrer do primeiro bimestre, assinalou Iglesias.
O quarto traseiro foi precificado a R$ 20,90 por quilo, alta de R$ 0,40.
O quarto dianteiro foi cotado a R$ 15,70 por quilo, alta de R$ 0,20.
A ponta de agulha ficou no patamar de R$ 15,45, alta de R$ 0,30.