Morreu nesta segunda-feira, dia 10, o presidente do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Rômulo Mello. Segundo o próprio ICMBio, Rômulo foi vítima de um infarto. Paranaense, ele tinha 58 anos e deixou mulher e três filhos.
Assim que soube da notícia, o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, divulgou uma nota de pesar. “Testemunhamos, na convivência com ele, a sabedoria, a inteligência e a paixão que dedicou às questões socioambientais, na nossa luta cotidiana pelo meio ambiente. Sua amizade e seu trabalho, firme e generoso, farão imensa falta na nossa gestão. Agradeço à família de Rômulo por tê-lo compartilhado conosco durante esses meses, tão breves, em que estivemos juntos. Recebam nossas preces, minhas e da equipe do Ministério, e nosso pesar”, disse o ministro.
Biografia
Rômulo Mello foi o primeiro presidente efetivo do Instituto, sendo um dos principais responsáveis pela consolidação do órgão. Desde junho, ocupava o cargo pela segunda vez. Servidor de carreira do serviço público, Rômulo desempenhou várias funções no governo federal na área do meio ambiente.
Graduado em Engenharia Agronômica pela Faculdade de Ciências Agrárias do Pará, com especializações em Heveicultura e Gestão de Centros de Pesquisa, iniciou suas atividades profissionais em 1982, na extinta Superintendência da Borracha.
Entre 1989 e 1994, no Ibama, chefiou as áreas de Educação Ambiental e de Incentivo a Estudos e Pesquisas. No período de março de 1994 até junho de 1999, no Ministério do Meio Ambiente, assumiu os cargos de coordenador-geral da Secretaria de Coordenação dos Assuntos da Amazônia Legal, chefe de gabinete da Secretaria de Coordenação dos Assuntos do Meio Ambiente e diretor do Departamento de Formulação de Políticas e Programas Ambientais.
Em junho de 1999 retornou ao Ibama, onde exerceu os cargos de diretor de Gestão Estratégica, presidente e diretor de Fauna e Recursos Pesqueiros. Em agosto de 2007, com a criação do ICMBio, assumiu o cargo de diretor de Conservação da Biodiversidade até julho de 2008, quando foi nomeado o primeiro presidente da instituição.
A partir de fevereiro de 2012 retornou suas atividades como analista ambiental na Diretoria de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento da Biodiversidade, com empenho especial na execução de ações de conservação de ecossistemas marinhos.Em janeiro de 2015, ausentou-se do Instituto para assumir o cargo de subsecretário de Áreas Protegidas, Cerrado e Direitos Animais, na Secretaria de Estado de Meio Ambiente do Distrito Federal, acumulando também o cargo de diretor-presidente da Fundação Jardim Zoológico de Brasília até maio de 2016.
Em junho, retornou ao Instituto Chico Mendes para assumir, pela segunda vez, o cargo máximo de direção.