Deputados da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) cobram do governo a exclusão do trecho do novo texto da reforma da Previdência que taxa as exportações agrícolas. O conteúdo, apresentado na terça-feira, dia 2, prevê uma cobrança previdenciária para o agronegócio. Além disso, a medida também exclui a possibilidade de perdão do passivo do Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural).
De acordo com o deputado federal Sergio Souza (MDB-PR), o Congresso deve retirar o ponto em questão que, segundo ele, foi uma das promessas de campanhas do governo. “Que se cumpra os compromissos que tem com a FPA e com o setor produtivo. Não podemos onerar ainda mais o produtor”, afirmou.
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O parlamentar enfatiza ainda que a medida vai atingir diretamente o produtor rural. “Quando falamos em R$ 8 bilhões (de prejuízo ao agronegócio) estamos falando de 10% sobre o custo de alguns setores. Se aumentar em 10% o custo de alguma cooperativa, esse valor vai sair do bolso do produtor integrado”.
Já o deputado federal Jerônimo Goergen (PP-RS) ressalta que muitos agricultores não aderiram ao programa de renegociação das dívidas do Funrural, conhecido como Refis, porque foi publicado pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, vídeos dizendo que o assunto seria resolvido, o que teria motivado produtores rurais a não aderirem à renegociação.
“(Essa decisão) vai contra a promessa de campanha do governo e ao movimento de acordo internacional”, afirmou.
