A chuva deve perder força na metade norte do Brasil no decorrer desta semana. Inclusive, há a previsão de formação de novas instabilidades no fim da quarta-feira (26) sobre a região Sul e, posteriormente, o surgimento de uma frente fria, que deve avançar e espalhar chuvas novamente pelo Centro-Sul.
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Desta vez, o sistema passa de forma mais rápida. Com isso, a chuva não será tão intensa como nos últimos eventos e também não será tão homogênea. No entanto, a partir do próximo domingo (30) haverá a formação de um área de baixa pressão atmosférica. Além disso, outra frente fria deve se originar. Com isso, no domingo e segunda-feira (31) são esperados altos volumes de água no noroeste gaúcho, oeste catarinense, oeste paranaense e áreas mais ao sul de Mato Grosso do Sul e sul e leste de São Paulo.
Essas condições climáticas adversas irão além das chuvas e de passagens de frentes frias. “Além da chuva forte, também há risco para temporais, que devem impactar as atividades no campo e podem trazer transtornos para as lavouras da região Sul”, informa Nadiara Pereira, meteorologista da Climatempo.
Frente fria e geada na próxima semana
Na próxima semana, a frente fria deve avançar para as áreas mais ao norte. Dessa forma, haverá a formação de um corredor de umidade mais intenso sobre a metade norte do Brasil. Enquanto isso, nas áreas mais ao sul as chuvas devem se tornar mais espaçadas no decorrer do próximo mês. Para essa região, o destaque para o início de novembro é avanço de uma massa de ar de origem polar, que ocorrerá de forma atípica para esta época do ano e, consequentemente, provocará um declínio bastante acentuado das temperaturas.
“[Esse declínio das temperaturas] ocorrerá na virada do mês de outubro para novembro. Especialmente nas madrugadas da próxima terça (2) e quarta-feira (3) são esperadas temperaturas bastante baixas, com mínimas que podem trazer potencial para a formação de geadas”, alerta Nadiara.
De acordo com a meteorologista, quatro áreas da região Sul podem ser impactadas pelas geadas previstas para o começo de novembro:
- Campanha (RS);
- Serra Gaúcha;
- Serra Catarinense;
- Planalto entre SC e PR.
“É um fenômeno que vem de forma tardia e é uma consequência da influência da La Niña, que traz esse risco para o prolongamento do frio durante a primavera”, informa Nadiara.
Geadas na Argentina
As geadas também devem atingir áreas produtoras da Argentina. Assim, elas serão prejudiciais principalmente para culturas de inverno, que ainda estão na fase de floração. Além disso, esse frio intenso e tardio retarda o desenvolvimento das lavouras de culturas de verão, que estão sendo plantadas.
“A Argentina, além de ser impactada pelo frio tardio, vem sendo impactada pela falta de chuvas. Essa situação já provoca um atraso no plantio do milho. E as projeções da Bolsa de Cereais de Buenos Aires indicam redução da área plantada da cultura”, pontua a meteorologista da Climatempo.
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