A semana vai terminar com o rápido avanço da frente fria associada a um ciclone extratropical bem afastado no oceano na costa do Sul. No sudeste do Rio Grande do Sul, algumas cidades receberam de 60 a 70 milímetros, mas diversos outros locais do estado não tiveram tanta sorte.
A frente fria deve provocar mais ventania e mar agitado do que chuva em si. Em Laguna, leste de Santa Catarina, os ventos chegaram a 99 km/h. Nesta sexta-feira, 3, ventos de 50 a 80 km/h podem ser registrados entre São Paulo, sul e leste de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo. Além dessas áreas, em faixas costeiras no Sul do Brasil, o vendaval ainda pode ser forte, com rajadas acima de 70km/h devido a resquícios do sistema frontal.
Falando da agitação marítima, a Marinha do Brasil alerta para ressaca desde Chuí (RS) até Farol de São Tomé (RJ) válido até domingo de manhã com ondas entre 2,5 e 3,5 metros de altura.
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Conforme a frente fria avança pelo país, pancadas de chuva vão se espalhando também, aliás, volumes significativos podem ser registrados desde a região metropolitana de São Paulo até o sul do Espírito Santo, passando por Rio de Janeiro e metade sul de Minas Gerais. Atenção porque a chuva pode vir acompanhada por raios.
Por outro lado, enquanto a frente fria se afasta, uma massa de ar seco vai tomando conta da maior parte da região Sul. Vamos verificar grande amplitude térmica com mínimas de 13 °C e máximas que mais do que dobram durante a tarde chegando a 29 °C em algumas cidades. “É importante ressaltar que a oscilação da temperatura é algo que baixa a imunidade das pessoas e em tempos de pandemia é importante de cuidar ainda mais quando tivermos massas de ar de origem polar”, diz a meteorologista da Somar Desirée Brandt.
No Rio Grande do Sul, só há condição de chuva bem isolada e fraca na faixa leste, assim como no leste catarinense e no litoral do Paraná, por conta dos ventos úmidos que sopram do mar contra à costa associados aos resquícios da frente fria.
Nas demais áreas dos três estados, expectativa de tempo firme e sol entre poucas nuvens.
No Centro-Oeste, a chuva se espalha devido à combinação entre calor e umidade, mas de modo geral, serão pancadas rápidas, intercaladas com períodos de sol.
Pouca coisa muda no Norte e Nordeste, com chuva significativa ainda desde o Amazonas e norte de Rondônia até Ceará devido às instabilidades tropicais.
O tempo firme segue predominando na maior parte da Bahia devido a presença de uma massa de ar seco que já vem inibindo a formação de nuvens carregadas por dias consecutivos.
A partir da segunda-feira, 6, vamos ter mais um episódio de chuva no Sul do Brasil que vai beneficiar mais os produtores do oeste do Paraná. Algumas áreas do centro do Rio Grande do Sul vão continuar com volumes muito baixos de chuva em todo o mês de abril.