Com chuvas abaixo da média, o nível dos reservatórios começa a preocupar a população e o governo federal. Segundo Desirée Brandt, da Somar Meteorologia, o menor volume de águas vem sendo observado desde o ano passado.
- Muito frio e pouca chuva: veja a previsão do tempo para esta quinta
- Neutralidade climática deve trazer chuvas abaixo da média nos próximos meses
“Entre os principais reservatórios, a pior situação é observada na bacia do Paraná, com 46% de volume útil e na bacia do Uruguai, com 52% de volume útil. Temos esse cenário devido às chuvas abaixo da média durante a primavera. Além disso, o verão, onde se esperava muita chuva, o cenário observado foi outro”, destaca Desirée.
Segundo a meteorologista, durante a estação mais quente do ano, houve registro de acumulados com 300 mm no centro do país. No entanto, esse volume ainda fica 80% abaixo da média histórica, e, por isso, os reservatórios não foram abastecidos.
Como será o regime de chuvas nos próximos meses?
De acordo com Desirée são esperados alguns episódios de chuvas para os próximos meses, mas ela não será suficiente para reverter o quadro de déficit hídrico nas principais bacias hidrográficas. “Julho tradicionalmente é um mês de pouca chuva e será assim para parte do Mato Grosso do Sul, Sul do Brasil, exceto Rio Grande do Sul e chuva abaixo da média também em São Paulo, Minas Gerais e Mato Grosso”.
A previsão do tempo diz que em agosto os índices podem ficar acima da média, mas sem capacidade para reverter o cenário de estiagem, apesar de ser registrado algum alívio em alguns setores da bacia do Paraná e do Uruguai
“Para setembro ainda teremos chuva abaixo da média em São Paulo e Paraná. Em Mato Grosso do Sul teremos volumes acima da média, mas ainda insuficiente para aumentar o nível dos reservatórios. O cenário não deve mudar em outubro, onde a chuva também deve ficar abaixo da média histórica para regiões como Paraná, São Paulo e região central do Brasil”, finaliza.