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Diversos

Problemas com o clima comprometem safra 2022/23 de café do Brasil

Consultor de agronegócio do Itaú BBA estima uma perda de 12 milhões de sacas de café arábica

Segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, a produção brasileira de café arábica colhida este ano ficou em 35 milhões de sacas, número 30% menor em comparação com o ano anterior. Isso porque 2021 foi um dos anos mais desafiadores da cafeicultura no Brasil, que sofreu com a forte seca no final de 2020.

Para o consultor de agronegócio do Itaú BBA, César de Castro, estima-se para o ano que vem entre 38 e 48 milhões de sacas. Neste ano colheram 50 milhões de sacas com uma perda de 12 milhões. “O ano que vem é de alta, o pior momento foi este ano com a safra baixa. Justamente pelos impactos climáticos”, complementa.

César Castro ainda comenta que muitas regiões não sofreram problemas com o clima, como a produção de café robusta no Espírito Santo e na produção de café arábica em algumas regiões. No entanto, ele estima que só vão saber mesmo os efeitos causados pelo clima entre fevereiro e março do ano que vem, quando as plantas vão ficar mais perceptíveis.

Preços a longo prazo

O consultor pensa que a produção global vai ser menor, segundo o analista o cálculo é que tenha um pequeno déficit de 1 milhão de sacas para o ano de 2022, acarretando um novo empate entre produção e consumo. “Para termos mais elevações, eu acredito que as condições precisam continuar se deteriorando, por isso que nós temos sugerido aos nossos clientes de não perderem a oportunidade de fixar os preços para o ano que vem.” afirma.

Café conilon

Ao contrário do arábica, a produção de café conilon não foi afetada pelas intempéries climáticas. César Castro diz que o cenário é excelente e que o robusta também foi muito bem em Londres. “A safra deve crescer por volta de 22 milhões de sacas para o ano que vem. É o grande vencedor dessa história”, afirma.

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