Um dos maiores problemas enfrentados pelos controladores é o número de pessoas realizando a função. Como os javalis ficam em zonas rurais, muitas cidades não contam com habitantes cadastrados o suficiente para lidar com a praga.
“No Cerrado, às vezes é mais de 100 km de uma cidade para a outra. Fui a Chapadão do Sul (Mato Grosso do Sul). A cidade planta mais de 100 mil hectares de milho e tem 12 mil habitantes. Nem se você colocar todo mundo com arma não mão dá conta”, afirma Salerno.
Burocracia
Outra parte do problema apontado é a burocracia. A demora pode fazer com que um produtor tenha um prejuízo muito antes de ter o aval.
“Você vê parte do seu milho arrasado e vê o rastro do animal, que você sabe o que é. Ao invés de você ir de encontro à praga, você precisa parar tudo e ir para a internet. Isso não existe. Na roça, você precisa parar tudo e ir para a cidade fazer o certificado”, aponta Salerno, que defende o rigor nas regras, mas acredita que o sistema poderia ser mais rápido.