Santa Catarina deve produzir 11% a mais de pêssego na safra 2021/22, resultado do ganho médio de 15% na produtividade obtido nas duas safras anteriores, de acordo com a Epagri/Cepa. Na temporada 20/21, o estado, que é o terceiro maior produtor da fruta no Brasil, produziu mais de 21.500 toneladas.
O estado produz cerca de 17.446 toneladas de pêssego, que representam 8,6% da produção total do Brasil. O Rio Grande do Sul participa com 64,2% da produção nacional, seguido de São Paulo com 16,6%.
De acordo com o analista da Epagri Rogério Goulart Jr, para obter a colocação no ranking, Santa Catarina conta com 1.222 hectares de pomares da fruta, o que representa 7,8% da área nacional.
“Em 2020 o estado apresentou aumento de 0,6% em relação a 2019, depois de passar por reduções na produção entre as safras de 2017/18 e 2018/19”, diz.
Santa Catarina conta com mais de 570 produtores de pêssego, distribuídos em cerca de 70 cidades. A produção estadual de pêssego começa em outubro e se estende até fevereiro do ano seguinte, mais de 75% dela está concentrada em novembro e dezembro.
Produção de pêssego no Brasil
Em 2020, o Brasil produziu cerca de 201,8 mil toneladas de pêssego, um aumento de 10,5% em relação a 2019. Antes disso, o país enfrentou reduções na produção de 12,3% e 16,8%, entre 2017/18 e 2018/19.
O ano de 2017 foi o que obteve a maior produção brasileira da fruta, com mais de 250 mil toneladas.
Mercado
Em 2021, foram comercializadas nas centrais de abastecimento do país mais de 21,2 mil toneladas de pêssego, com valor negociado de cerca de R$ 190 milhões.
O pêssego de origem catarinense, que participava com 5,6% do volume comercializado nacionalmente em 2019, ampliou sua participação no ano seguinte para 8,8%, com mais de 3,1 mil toneladas, e até novembro de 2021 já representa 7,2% do volume total brasileiro nas centrais.
No ano passado Santa Catarina comercializou mais de 1,5 mil tonelada de pêssego no atacado, o que representa mais de R$ 10,6 milhões. Os preços negociados no mercado de atacado estão 5,7% valorizados em relação a novembro de 2020 e 17,1% acima da média dos últimos cinco anos. Para a safra 2021/22, a expectativa é de aumento na comercialização da fruta catarinense e maior ganho com a valorização dos preços da fruta no mercado.