Produtores da Região do Cerrado Mineiro se preparam para o lançamento do café de baixo carbono, rumo ao carbono neutro. A apresentação acontecerá durante a 1ª Jornada “O Mercado e o Café Carbono Neutro” marcada para os dias 29 e 30 de novembro em Monte Carmelo.
O produto, que conquistou o certificado da Preferred By Nature, é resultado do trabalho conjunto da Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado de Monte Carmelo (monteCCer), Sebrae Minas e do Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora).
O processo para verificar se o café produzido nas propriedades associadas à monteCCer era de baixa emissão de carbono teve início em 2018. Foram desenvolvidos e aplicados indicadores socioambientais que resultaram no inventário da sustentabilidade de 34 fazendas. Com os dados coletados sobre solo, fauna, flora, recursos hídricos, uso de defensivo e fertilizantes, o Instituto levantou o diagnóstico das emissões de CO₂ de cada fazenda, e constatou-se que elas absorvem mais carbono do que emitem.
O inventário concluiu que as unidades da monteCCer emitem 3,80 toneladas de CO₂ por hectare ao ano, 65% em comparação a média mundial.
“Graças à adoção de boas práticas e técnicas de cultivo de baixas emissões de gases de efeito estufa empregadas na cafeicultura, as fazendas avaliadas puderam alcançar a certificação de baixo carbono e demonstrar que é possível produzir um café com qualidade, alta produtividade e menor impacto ambiental, atendendo à nova tendências do mercado rumo a um café carbono neutro” destaca Renata Potenza, especialista em Clima e Emissões do Imaflora.
O exemplo que vem do Cerrado
A Região do Cerrado Mineiro tem a maior área de fazendas com certificação de boas práticas do mundo. O território conta com 55 municípios produtores de café, e é reconhecido pela qualidade, quantidade e consistência no fornecimento do produto aos mercados nacional e internacional. Atualmente, a região é responsável por 21,2% da produção de café de Minas Gerais, e 14,4% da produção nacional.
Primeira edição
A 1ª edição da Jornada “O Mercado e o Café Carbono Neutro” reforça o chamado do meio ambiente para que cada parte da sociedade assuma o seu papel na redução da emissão de carbono, e seja um agente de transformação no trabalho permanente que busca valorizar a terra que nos alimenta.
A jornada terá debates com profissionais renomados do setor do café, e outros que também atuam nas pautas de carbono, que participarão em painéis, palestras e clínicas tecnológicas definidos na programação.
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