Produtores de leite do Rio Grande do Sul realizaram um protesto nesta terça-feira (1º), em Porto Xavier, na fronteira com a Argentina, buscando pressionar o governo federal a adotar medidas de apoio ao setor.
O protesto foi organizado pela Fetag-RS e contou com a participação de mais de 1,4 mil pecuaristas.
Os produtores estão indignados com a crescente importação de lácteos do Mercosul.
Segundo os produtores, a importação está prejudicando a produção nacional,
No primeiro semestre deste ano, o Brasil importou 116 mil toneladas de leite e derivados, um aumento de 240% em relação ao mesmo período de 2022.
As reivindicações dos manifestantes incluem o estabelecimento de cotas de importação, barreiras comerciais aos produtos do Mercosul e a negativa de benefícios fiscais para importadores de lácteos.
Além disso, eles pedem a realização de aquisições públicas de leite e derivados para apoiar os produtores locais.
O deputado Elton Weber, presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária Gaúcha na Assembleia Legislativa, ressaltou que o governo foi alertado sobre a gravidade da situação, mas até o momento não foram tomadas medidas efetivas de apoio ao setor.
A manifestação não se limitou apenas ao setor leiteiro.
Produtores de alho, vinhos, carnes e cebola também se uniram ao protesto, destacando a entrada de produtos importados a preços muito abaixo da produção nacional, tornando suas atividades inviáveis.
Os agricultores pedem igualdade de condições para competir no mercado e afirmam que a qualidade de seus produtos é suficiente para enfrentar a concorrência, desde que haja um ambiente de competição justo.
Diante da situação, os agricultores deram um prazo de 30 dias para que as medidas sejam tomadas pelos governos estadual e federal.
