A Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural do Distrito Federal (Seagri-DF) desenvolveu uma nova cartilha de orientações para controle da raiva em rebanhos. Após o segundo caso de raiva humana na história do Distrito Federal – até o momento, a única notificação na capital tinha sido em 1978 -, a Secretaria de Saúde optou por antecipar a vacinação.
A aplicação da vacina já é obrigatória anualmente, e costuma ser administrada juntamente com a vacina de febre aftosa, que ocorre entre os meses de maio e novembro na região. Mas, com o caso diagnosticado, a Seagri- DF recomenda que a vacinação em herbívoros seja aplicada o mais rapidamente possível.
A primeira orientação é a de que é necessário que bovinos, bubalinos e equídeos que não foram vacinados durante a campanha antirrábica em maio sejam vacinados o quanto antes. Por sua vez, é preciso realizar a aplicação de reforço após 30 dias nos animais que foram vacinados pela primeira vez.
Os próprios produtores são responsáveis por adquirir as doses, que podem ser obtidas em casas agropecuárias, e realizar a vacinação dos animais. A recomendação é fazer a aplicação em exemplares a partir de três meses de idade. Caso não seja feita a vacinação, o produtor estará sujeito a multa.
Raiva no Brasil
No Brasil, em 2021, foram registrados 661 casos de raiva em animais; desses, 642 foram em ruminantes. De acordo com os registros, 109 casos (17%) ocorreram em São Paulo, seguido por 92 (14,3%) em Minas Gerais e 65 (10,1%) no Paraná. Os demais estados apresentaram menos de 10% de casos.
Segundo dados do Programa Nacional de Controle da Raiva dos Herbívoros (PNCRH), anualmente são registrados centenas de óbitos pela doença em animais de produção, gerando um impacto econômico e social elevado.