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Rebanho de suínos em 2017 aumentou 3% em relação a 2016, diz IBGE

A região Sul concentra o maior total dos animais com Santa Catarina no topo do ranking estadual. As informações fazem parte da pesquisa Produção da Pecuária Municipal 2017

Foto: José Medeiros/ Governo de Mato Grosso

A safra recorde de grãos em 2017, influenciada por fatores climáticos favoráveis, contribuiu para a redução dos custos de produção no setor pecuário entre 2016 e 2017. As informações constam na pesquisa Produção da Pecuária Municipal 2017 (PPM), divulgada nesta quinta-feira, dia 28,  pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Ainda assim, o ano foi marcado pela retração do rebanho de bovinos e da produção de leite, mas, em contrapartida, houve aumento significativo do rebanho suíno, que teve a maior expansão da série histórica.

Suínos

O rebanho brasileiro de suínos atingiu 41,1 milhões de cabeças em 2017, um aumento de 3,0% com relação a 2016. A Região Sul concentra o maior total com Santa Catarina no topo do ranking estadual, com 19,7% da soma nacional. Logo em seguida, aparecem o Paraná com 16,8% e Rio Grande do Sul  com 14,6%.

Bovinos

Em 2017, o total de bovinos no Brasil foi de 214,9 milhões de cabeças, uma queda de 1,5% com relação a 2016. “O ano foi marcado por um aumento no abate de matrizes, influenciado pelos baixos preços do bezerro e da arroba”, justificou o IBGE.

O Brasil é detentor do segundo maior rebanho mundial, atrás apenas da Índia, e é o maior exportador e segundo maior produtor de carne bovina, segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos.

A Região Centro-Oeste, que foi destaque na produção de bovinos, apresentou 74,1 milhões de cabeças, correspondendo a 34,5% do total nacional em 2017. Mato Grosso segue como o estado com o maior grupo de bovino, abrigando 13,8% – 29,7 milhões de cabeças. O estado tem grandes frigoríficos e é responsável pelo maior volume de abate bovino no país.

A produção de bovinos segue avançando para o Norte, que possui o segundo maior número – 48,5 milhões de cabeças de gado – e foi a única região a apresentar crescimento em 2017, com variação de 1,0% em relação a 2016.

Dos 20 municípios brasileiros com os maiores números de bovinos em 2017, 11 estavam no Centro-Oeste e nove no Norte. São Félix do Xingu, no Pará, que apresentou o maior total nacional, teve um crescimento do rebanho nos últimos dez anos de 23,6%.

O rebanho brasileiro de suínos atingiu 41,1 milhões de cabeças em 2017, um aumento de 3,0% com relação a 2016. A Região Sul concentra o maior total com Santa Catarina no topo do ranking estadual, com 19,7% da soma nacional. Logo em seguida, aparecem o Paraná com 16,8% e Rio Grande do Sul  com 14,6%.

Leite

Já a produção brasileira de leite totalizou 33,5 bilhões de litros em 2017, uma queda de 0,5% em relação ao ano anterior. As Regiões Sul com 35,7% de participação e Sudeste com 34,2% lideram a produção nacional. O Sudeste tem o maior rebanho de vacas ordenhadas: 30,4% do total de 17,1 milhões existentes no Brasil.

A maior produtividade, porém, é a da Região Sul, com uma média de 3.284 litros por vaca ao ano, por isso lidera o ranking de produção de leite desde 2015.

A produtividade média da Região Sudeste foi de 2.209 litros por vaca ao ano. A média nacional ficou em 1.963 litros por vaca em 2017, um crescimento de 14,7% em relação a 2016. O município com a maior produtividade de leite foi Araras, em São Paulo, seguido por Carambeí e Castro, ambos no Paraná.

Minas Gerais é o principal Estado produtor de leite no Brasil, com o maior efetivo também de vacas ordenhadas, responsável por 26,6% da produção e 20,0% do total de animais de ordenha. O município de Castro liderou o ranking de produção em 2017, com 264,0 milhões de litros, uma diferença de mais de 70 milhões de litros para o segundo colocado, Patos de Minas, que produziu 191,3 milhões de litros de leite.

O preço médio nacional foi de R$ 1,1 por litro de leite em 2017, uma queda de 5,6% em relação a 2016, quando tinha alcançado o maior valor da série histórica em virtude de uma queda na produção e do aumento da demanda industrial. A atividade leiteira gerou um valor de produção de R$ 37,1 bilhões no ano passado.

Galináceos, galinhas e produção de ovos

O Brasil tinha 1,4 bilhão de cabeças de galos, galinhas, frangos e pintos em 2017, um aumento de 6% frente a 2016, atingindo também o maior resultado da série histórica da pesquisa, iniciada em 1974.

A Região Sul detinha 47,1% do total de galináceos, outros 26,1% estavam no Sudeste. O Paraná concentrou 25,3% do efetivo nacional, seguido pelos Estados de São Paulo com 14,0%, Rio Grande do Sul 11,0%, Santa Catarina 10,8% e Minas Gerais com 8,9%.

Já o total de galinhas foi estimado em 242,8 milhões de cabeças em 2017, um aumento de 11,4% em relação ao ano anterior. A Região Sudeste respondeu por 38,7% do total nacional, e o Sul deteve 26,0%.

O Estado de São Paulo foi responsável por 21,9% do efetivo de galinhas no Brasil, seguido por Paraná com 10,1%), Rio Grande do Sul 8,8%, Minas Gerais 8,7% e Espírito Santo com 7,9%. O município com maiores efetivos tanto de galináceos quanto de galinhas foi Santa Maria de Jetibá, no Espírito Santo.

O Brasil é o maior exportador de frangos do mundo e o segundo maior produtor de carne de frango, de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Os principais destinos do produto brasileiro em 2017 foram Arábia Saudita, Japão e China, apontou o IBGE.

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