Tentar modificar as atuais regras da Previdência para a aposentadoria deve ser uma das primeiras medidas de um eventual governo de Jair Bolsonaro (PSL), disse o general Hamilton Mourão (PRTB). O militar, vice presidente da chapa peeselista, falou a jornalistas após votar em uma escola pública do Setor Militar, em Brasília. “A primeira coisa é darmos um ajuste na nossa economia. Botar o pessoal para trabalhar, pois temos muita gente sem emprego e subempregadas. E, óbvio, segurança”.
Mourou afirma que a reforma da Previdência é fundamental. “Na minha avaliação, a proposta que está no Congresso já seria um grande passo para, mais para frente, ajustarmos de uma forma melhor. Esta, no entanto, será uma decisão que será tomada pelo presidente”, acrescentou o candidato, defendendo o aumento do tempo de serviço para militares.
O candidato negou a hipótese de que uma possível vitória de sua chapa represente uma volta dos militares ao poder. “São dois cidadãos brasileiros que já foram militares. As Forças Armadas continuarão cumprindo aquilo que a Constituição prevê”, pontuou o general, destacando que o país já teve vários presidentes saídos do meio militar, mas que “o momento atual é totalmente diferente”.
“O Bolsonaro, por exemplo, está há 28 anos dentro do Congresso e conhece bem como transitar por ali e conversar com os parlamentares. Além disso, [se eleitos] teremos o apoio de uma bancada de mais de 300 parlamentares, quase que independente de partidos. Em caso de vitória, vamos ter que aproveitar este começo, a lua de mel. E lua de mel de pobre é curta”, concluiu o candidato, voltando a criticar o músico Geraldo Azevedo, que o acusou de tortura durante o regime militar. Azevedo pediu desculpas, alegando ter se equivocado. “Essa eu guardo porque não atingiu apenas a mim, mas a minha família”, disse Mourão.