Os contratos futuros do milho, negociados na Bolsa de Chicago, tiveram forte alta após divulgação do relatório de oferta e demanda do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), nesta quinta, dia 11. A publicação de outubro indica cortes nos dados da safra do país e mundial. O vencimento de dezembro subiu quase 1,8%, fechando a US$ 3,69.
O órgão norte-americano prevê que os EUA devem colher 14,78 bilhões de bushels, volume abaixo dos 14,83 bilhões indicados em setembro e aquém dos 14,85 bilhões esperados pelo mercado.
A expectativa para produtividade média também foi reduzida: o departamento indica 180,7 bushels por acre, recuo frente ao número divulgado do mês passado (181,3) e ao esperado pelo mercado (181,8).
Os estoques finais de passagem foram estimados em 1,813 bilhão de bushels, ante os 1,932 bilhão esperados pelo mercado e acima dos 1,774 bilhão de bushels indicados ems setembro.
As exportações foram indicadas em 2,475 bilhões de bushels, ante os 2,4 bilhões previstos no mês passado. O uso de milho para a produção de etanol foi mantido em 5,650 bilhões de bushels.
A safra global 2018/2019 foi estimada em 1.068,31 milhão de toneladas, abaixo das 1,069 milhão de toneladas previstas em setembro. Os estoques finais da safra mundial 2018/2019 foram projetados em 159,35 milhões de toneladas, acima das 157,03 milhões de toneladas apontadas no mês passado e à frente das 159,2 milhões de toneladas previstas pelo mercado.
No Brasil
O mercado de milho encerrou a semana mais curta, marcada pelo feriado de Nossa Senhora Aparecida, nesta sexta, dia 12, refletindo os números divulgados pelo USDA.
Milho no mercado físico – por saca de 60 kg
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- Rio Grande do Sul: R$ 43
- Paraná: R$ 33
- Campinas (SP): R$ 37
- Mato Grosso: R$ 26
- Porto de Santos (SP): R$ 37
- Porto de Paranaguá (PR): R$ 36,50
- São Francisco do Sul (SC): R$ 36,50
- Veja o preço do milho em outras regiões
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Milho na Bolsa de Chicago (CBOT) – por bushel
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- Dezembro/2018: US$ 3,69 (+6,50 cent)
- Março/2019: US$ 3,81 (+6,50 cent)
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Soja
O relatório do USDA também impactou os contratos futuros da oleaginosa, em Chicago. Após as perdas iniciais, o mercado voltou ao território positivo, impulsionado pela publicação, que surpreendeu ao cortar a previsão de safra americana, enquanto a aposta do mercado era de elevação.
O impacto positivo só não foi maior devido ao restante dos dados, que indicaram estoques maiores nos Estados Unidos e também globais.
+ Veja o que diz o USDA sobre a soja, no projeto Soja Brasil.
Cotações domésticas
O mercado brasileiro de soja teve uma quinta-feira de preços firmes, de estáveis a mais altos predominantemente. Com o dólar e a soja subindo na Bolsa de Chicago, houve sustentação para as cotações. Entretanto, o dia foi lento na comercialização, sem negócios relevantes reportados, na véspera do feriado.
Soja no mercado físico – por saca de 60 kg
- Passo Fundo (RS): R$ 86
- Cascavel (PR): R$ 85,50
- Rondonópolis (MT): R$ 77
- Dourados (MS): R$ 81
- Porto de Paranaguá (PR): R$ 92
- Porto de Rio Grande (RS): R$ 91,50
- Porto de Santos (SP): R$ 92
- Porto de São Francisco do Sul (SC): R$ 90,50
- Confira mais cotações
Soja na Bolsa de Chicago (CBOT) – por bushel
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- Novembro/2018: US$ 8,58 (+6 cents)
- Janeiro/2019: US$ 8,72 (+6,50 cents)
Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com ganho de US$ 1,10 (0,34%), sendo negociada a US$ 316,80 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 29,02 centavos de dólar, com alta de 0,09 centavo ou 0,31%.
Boi gordo
Véspera de feriado com poucos negócios fechados e compradores testando o mercado, oferecendo preços abaixo das referências, segundo a Scot Consultoria. Paralelamente, a oferta um pouco melhor de boiadas terminadas justifica essa estratégia.
Foram registradas seis quedas nos preços da arroba do boi gordo nesta quinta, dia 11. Em São Paulo, caiu 0,3% na comparação diária. A referência para o boi gordo está em R$151, a prazo, livre de Funrural, queda de 1% desde o início do mês.
As programações de abate paulistas atendem em torno de seis dias e foram observadas indústrias fora das compras no fechamento de hoje.
O mercado atacadista de carne bovina permaneceu estável e a margem de comercialização dos frigoríficos que desossam está em 20,1%, próxima da média histórica.
Boi gordo no mercado físico – arroba à vista
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- Araçatuba (SP): R$ 149,50
- Triângulo Mineiro (MG): R$ 144
- Goiânia (GO): R$ 141
- Dourados (MS): R$ 146,50
- Mato Grosso: R$ 129,50 a R$ 134
- Marabá (PA): R$ 136
- Rio Grande do Sul (oeste): R$ 4,60 (kg)
- Paraná (noroeste): R$ 150,50
- Sul (TO): R$ 136
- Veja a cotação na sua região
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Café
A Bolsa de Nova York para o arábica encerrou as operações com valores mais altos. O mercado teve uma sessão volátil, chegou a ter perdas, mas recuperou-se bem. Fatores técnicos foram decisivos para os ganhos finais. A baixa do dólar contra o real no Brasil na maior parte do dia até o fechamento de NY foi um componente importante.
Além disso, NY chegou a cair abaixo de US$ 1,10 a libra-peso, mas encontrou sustentação para voltar, o que mostrou solidez técnica.
Londres
Os preços do robusta negociado na bolsa inglesa tiveram poucas alterações nesta quinta-feira, com ligeiro avanço nos contratos mais próximos e queda nos mais distantes. O vencimento de novembro, por exemplo, valorizou-se US$ 9, fechando o dia cotado a US$ 1.6912.
Em meio à volatilidade, o mercado buscou direção. Os ganhos do arábica registrados quando Londres fechou deram sustentação. As perdas acentuadas do petróleo, por outro lado, exerceram pressão de baixa sobre as cotações.
Café no mercado físico – por saca de 60 kg
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- Arábica/bebida boa – Sul de MG: R$ 425 a R$ 430
- Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: R$ 430 a R$ 435
- Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: R$ 355 a R$ 360
- Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): R$ 325 a R$ 328
- Confira mais cotações
Café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) – por libra-peso
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- Dezembro/2018: US$c 112,90 (+1 cents)
- Março/2019: US$c 116,50 (+1 cents)
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Café robusta na Bolsa de Londres (Liffe) – por tonelada
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- Novembro/2018: US$ 1.6912 (+US$ 9)
- Janeiro/2019: US$ 1.699 (+US$ 1)
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Dólar e Ibovespa
O dólar fechou a semana em alta de 0,41%, cotada nesta quinta, dia 11, a R$ 3,77 para venda. A moeda norte-americana acumulou nesta semana queda de 2,03%.
O Banco Central realizou leilões tradicionais de swap cambial, sem efetuar nenhuma oferta extraordinária de venda futura da moeda.
O Índice B3, da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), encerrou o pregão de hoje em baixa de 0,91%, com 82.921 pontos. As ações da Petrobras mantiveram a tendência e terminaram a semana em baixa de 2,92%. Também caíram as ações do Itaú (-1,19%) e do Bradesco (-0,59%).
Previsão do tempo para sexta-feira, dia 12
Sul
Instabilidades ganham força no Rio Grande do Sul, por causa da formação de uma região de baixa pressão na fronteira do estado com a Argentina. A chuva forte alcança o sul e o oeste do estado no período da manhã, e até o final do dia a chuva se espalha por todo o Rio Grande do Sul. Há potencial para temporais nas áreas de fronteira com Uruguai, e risco de chuva forte, com trovoadas e rajadas de vento de até 60 km/h.
O tempo segue instável entre Santa Catarina e Paraná, com chuva a partir da tarde e com pancadas de fraca intensidade. Desde o norte gaúcho até o Paraná, os ventos sopram de norte e as temperaturas aumentam gradualmente.
Já no sul do Rio Grande do Sul, o excesso de nebulosidade mantém as temperaturas da tarde amenas. Entre a madrugada e a manhã, há risco de ressaca na costa da região, com ondas de até 2,5 m.
Sudeste
A frente fria se afasta em direção ao oceano e a chuva diminui no Sudeste. As pancadas ainda acontecem entre São Paulo, sul de Minas Gerais e Rio de Janeiro, porém podem acontecer a qualquer hora do dia.
O tempo seco predomina entre o norte mineiro e o Espírito Santo e garante uma tarde quente e ensolarada. Nas áreas de chuva, as temperaturas aumentam pouco em relação aos dias anteriores, por conta da grande concentração de nuvens.
Centro-Oeste
Sexta-feira de chuva entre Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e sul de Goiás, devido à formação de uma região de baixa pressão no Paraguai. As pancadas em Mato Grosso do Sul são mais fortes e acompanhadas de descargas elétricas.
Enquanto isso, o sol predomina e as temperaturas ficam elevadas em quase todas as áreas de Goiás.
Nordeste
Os ventos que sopram do mar contra a costa favorecem as pancadas de chuva no litoral leste da região. Entre Salvador e Maceió, as pancadas são mais fortes e acontecem ao longo de todo o dia.
Com o predomínio de sol no interior, as temperaturas aumentam rapidamente nas primeiras horas da tarde.
Norte
Sexta-feira de chuva em grande parte da região, especialmente no período da tarde. Enquanto no extremo norte do país e no Tocantins, o dia será ensolarado.