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Renegociação de dívida está parada em novo governo, diz secretário da BA

O secretário baiano acredita que no próximo mês o ministro Maggi consiga dar o retorno que o setor espera 

Fonte: Divulgação/Agência Brasil

O secretário de Agricultura da Bahia, Vitor Bonfim, disse, em entrevista na Bahia Farm Show, que o pleito de renegociação das dívidas dos produtores do oeste da Bahia, onde ocorreram quebras de produção por causa do clima desfavorável ao longo da temporada 2015/16, esbarrou na mudança de governo, mas deve voltar a ser discutido no mês que vem. “Com essa mudança que ocorreu no governo federal, está um pouco paralisado, porque o ministro (Blairo Maggi) assumiu há pouco, então a gente não conseguiu ter uma agenda com ele para poder tratar da questão da renegociação e extensão dos prazos de pagamento das dívidas”, afirmou Bonfim.

Segundo ele, a expectativa é de que no próximo mês Maggi já tenha se ambientado e feito o preenchimento de mais cargos no ministério. “Ai a gente pode retomar essa discussão com ele, até porque o ministro da Agricultura é um produtor, ele sabe das dificuldades que o agronegócio está atravessando. Por conta disso, acredito que ele vai ser bastante sensível a essa demanda apresentada pelo setor.”

Bonfim explicou que o custeio começa a vencer no mês de junho e, para que os produtores da região possam ter acesso a crédito para a próxima safra, eles precisam estar adimplentes com as instituições financeiras, ou seja, fazer o pagamento desse custeio da safra 2015/16. “Mas, por conta da frustração da safra, muitos produtores não vão conseguir estar adimplentes, pagar o custeio da safra 2015/16, então o nosso pedido é que as instituições financeiras sejam sensíveis e parceiras dos produtores da região do Matopiba”, destacou o secretário.

“Nós saímos aqui de 200 mil hectares plantados na Bahia na década de 1990 para 2,2 milhões de hectares, graças às parcerias que foram estabelecidas com as instituições financeiras e obviamente à energia desprendida pelos produtores para fazer crescer essa região.”

Quanto à questão da melhoria no fornecimento de energia, uma demanda dos agricultores do oeste baiano para instalar projetos de irrigação, Bonfim disse que uma linha de distribuição estava sendo construída pela espanhola Abengoa mas, quando a empresa entrou em recuperação judicial, a obra foi paralisada.

“O governador tem se reunido com o Ministério de Minas e Energia buscando uma solução para que outra empresa possa assumir a obra e levar adiante essa linha de transmissão, que vai fornecer a energia necessária para o desenvolvimento desta região”, destacou o secretário, chamando a atenção da importância do investimento para novos projetos de irrigação. 

“Depois da linha, serão construídas subestações para poder fornecer energia para os projetos de irrigação. Nós temos aqui o Aquífero do Urucuia, que é o segundo maior aquífero do País e que tem um potencial muito grande”, concluiu.

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