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No Rio, manifestantes defendem impeachment e novas eleições

Ato ocorreu na praia de Copacana e terminou sem incidentes por volta das 15h30

Manifestantes que participaram neste domingo, dia 13, na Praia de Copacabana, defenderam o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff e a convocação de novas eleições. O protestou terminou pontualmente às 15h30, e reuniu milhares de pessoas, desde as 13h, sob forte calor, e não teve incidentes.

Vestindo predominantemente as cores verde e amarelo, os manifestantes seguiram em passeata do Posto 5 até a altura da Rua Siqueira Campos, em um trajeto de 1.300 metros, acompanhados por dois caminhões de som, onde se revezaram os ativistas em discursos. O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), e o deputdo Jair Bolsonaro (PP-RJ) participaram da manifestação. Bolsonaro vestia uma camisa com os dizeres: “Direita Já”.

O Hino Nacional foi tocado diversas vezes e acompanhado pelos manifestantes, muitos segurando a bandeira do Brasil e também faixas e cartazes com dizeres pedindo oimpeachment da presidente e o afastamento de outros políticos, como os presidentes da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). Houve críticas também aos presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Dias Toffoli.

Soldados da Polícia Militar (PM) acompanharam a manifestação a pé e com três viaturas, que seguiam ao final da marcha. A manifestação foi pacífica, e os policiais tiveram que agir apenas para dispersar um grupo de skatistas que participavam de um encontro na Avenida Atlântica e foram confundidos com petistas pelos organizadores do protesto. Um PM chegou a apontar uma arma para o grupo, que não reagiu. O policial acabou convencido por pessoas que passavam no local a baixar a arma.

Após o fim da manifestação, os grupos foram se dispersando pelas ruas transversais de Copacabana, em direção às suas casas ou rumo aos pontos de ônibus e estações de metrô.

Outros alvos

Embora o alvo principal dos ativistas tenha sido o afastamento da presidenta da República, grande número de pessoas defenderam a saída do vice-presidente Michel Temer e do presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

“A corrupção mata neste país. Tem que tirar todo mundo. Eu temo o Temer. Quero novas eleições”, disse a biomédica Ana Lúcia Fragoso Kneip, que levava um cartaz onde estava escrito: “Fora, Renan e Eduardo Cunha”, com as siglas PT e PMDB riscadas com um xis.

A  professora universitária Silvia Soares também defendia mudanças gerais, com a convocação de novas eleições: “A Dilma é só uma pessoa. Não adianta tirar só ela. O problema é o nosso sistema corrupto. A gente tem que mudar o sistema político. Tem que haver uma cassação de chapa, porque se o Temer foi eleito com dinheiro roubado, ele tem que sair junto com ela [Dilma]. A solução é chamar novas eleições”, afirmou.

Para a aposentada Sandra Maria Bernhardt, o principal objetivo é a saída de Dilma da Presidência. “Que a Dilma saia e o Temer assuma, por enquanto. É o que temos para o momento”, disse Sandra, que fez questão de comparecer à passeata, apesar do calor forte, em uma cadeira de rodas.

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