No Campeonato Nacional do Quarto de Milha, os futuros campeões já estão a caminho. Durante os dias de competição, uma garotada suou a camisa para dar os primeiros passos para se tornar um grande caubói.
É o caso de Pedro Callone. Ele tem 7 anos, 1,20 metro de altura, pesa cerca de 25 quilos e calça bota 32. Ele é um pequeno grande caubói, que faz cara de sério e até ensaia os agradecimentos. Diz que já está treinando para montar quando crescer: “Eu gosto de montar, mas não da pra ser todo dia. Então eu monto de final de semana”, diz.
Pedro não está sozinho. No Campeonato Nacional da ABQM, encontramos dezenas de futuras estrelas das competições. São meninos e meninas que têm de 5 a 15 anos. A maioria veio participar de uma brincadeira simulando a prova dos 3 tambores. A grande diferença entre as provas de verdade é o cavalo. No caso deles, o equino é de pau.
“É bom para eles começarem a aprender a regra desde o começo, desde novinhos”, diz o juiz de prova Diego Testa. A brincadeira se chama caubóis do futuro, e a criançada compete pra valer. O tambor pode não ter o tamanho do original, mas o cronometro é de verdade. Quem faz o percurso em menos tempo vence a prova.
E os pequenos competidores já têm direito aos primeiros gritos da torcida e a uma emocionante narração do locutor. “É o caubói do futuro 2017. Vai que dá, vai que dá, ai, ai, ai”, grita a voz que sai dos alto-falantes.
Como toda boa prova que se preze, tombos também acontecem e geram desclassificações. “A gente segue a mesma regra da competição. A queda do cavalo ou do cavaleiro e o erro de percurso desclassificam, assim como tirar o cavalinho do meio das pernas”, ensina o juiz Testa.
“Eu não liguei de cair. Eu achei bem legal, é macia a areia. Para mim, era mais para brincadeira mesmo”, justifica Vitória Degeus, de 12 anos.
É com esse espirito esportivo que o 40o campeonato da ABQM chega ao fim. Com a promessa de que os futuros campeões vão sair dessas brincadeiras sérias encarando o esporte como lazer, diversão e respeito aos animais.