O próximo ano deve trazer muitas expectativas, principalmente para o agronegócio, segundo a consultoria INTL FCStone.
No Brasil, o ano começará com agenda política cheia e o governo tentando aprovar a Reforma da Previdência. Considerando o contexto das eleições presidenciais, destaca-se que o mercado espera renovação na política e, desta forma, os primeiros meses de 2018 serão marcados pela cautela dos investidores em relação aos possíveis candidatos e suas definições.
Soja
Com a aprovação pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) do aumento da mistura de biodiesel ao diesel de petróleo para 10% (B10) a partir de março, a expectativa é de que a produção de biodiesel aumente dos atuais 4,2 bilhões de litros para 5,3 bilhões de litros.
A destinação de óleo de soja a produção do biocombustível deve aumentar no país, o que fará, também, com que o esmagamento aumente, contribuindo para um balanço de oferta e demanda mais apertado para grão, o que tenderá a refletir nos preços.
Fenômeno La Niña
Ainda para o país, o clima terá a atenção do setor agrícola, até a consolidação de mais uma safra, o que deve ser visto também para a Argentina. “As preocupações com a formação, ou não, de um La Niña, e seus efeitos, trará dores de cabeça ao mercado”, avalia a consultora em gerenciamento de riscos da INTL FCStone, Silvia Bampi.
Economia
A economia mundial, assim como a brasileira, ruma com boas perspectivas para o próximo ano. Nos Estados Unidos, Jerome Powell será o novo presidente do Federal Reserve (FED), que é o banco central americano, substituindo Janet Yellen, cujo mandato termina em fevereiro de 2018.
Powell é visto como um centrista e mais aberto à agenda de desregulação do governo de Donald Trump, a expectativa dos investidores indicada é que o mesmo seguirá inclinado a manter os estímulos para aquecer a economia do país.