O Santander informou nesta quarta-feira, dia 11, que já está liberando recursos para financiamento do pré-custeio da safra 2017/18. “Para o produtor que quiser comprar fertilizante, que é o que se compra com mais antecipação, e tiver uma nota de pedido, nós estamos financiando já para a próxima safra”, disse o superintendente executivo de agronegócios do Santander, Carlos Aguiar, no lançamento do Rally da Safra 2017.
Aguiar explicou que se o produtor não tiver acessado todo o montante de recursos a juros subsidiados do Plano Safra 2015/16 a que tem direito pode financiar o pré-custeio no banco nestas condições, ou se já tiver utilizado o volume máximo pode tomar pré-custeio a juros livres no banco. “Nós acabamos de lançar, então eu não tenho ainda o volume”, afirmou. “Mas no recurso livre não tem limite. No recurso obrigatório, nós temos dinheiro para dar, mas depende de quanto ele já está tomado na safra atual. Se ele tiver espaço, pode tomar.”
Segundo Aguiar, a carteira de agronegócios do banco deve crescer em torno de 10% este ano. “O crédito subsidiado depende dos depósitos à vista. Esse volume está crescendo linearmente bem devagarzinho”, apontou. Segundo ele, a carteira com recursos livres tem crescido mais. “Nossa carteira é de praticamente R$ 40 bilhões de crédito para o setor, desde o insumo até a trading, passando pelo produtor, e tem crescido a 10% ao ano constantemente. Apenas um pedaço pequeno desses R$ 40 bilhões, R$ 8 bilhões, é subsidiado, entre BNDES e crédito rural.” Projeções do departamento econômico do banco apontam elevação de 0,7% para a economia do País neste ano, enquanto o PIB do Agronegócio deve ter aumento de 2%.
O Santander anunciou que em 2017 abrirá oito agências “agro”. “Em locais onde o Santander não tem presença, mas o agronegócio está forte”, disse ele, citando Canarana (MT), Possi (GO), Paragominas (PA), Naviraí (MS) e Primavera do Leste (MT) entre eles. A primeira agência com foco em agronegócio será aberta em Cristalina (GO) daqui a 10 dias. O banco deve contratar mais de 100 gerentes para fazer atendimento exclusivo ao agricultor nas regiões mais fortes do agronegócio. “Em vez de um gerente genérico, atendendo comércio, indústria e agro, nessas regiões do agronegócio, onde temos 300 das 2 mil agências, nós vamos ter profissionais exclusivos para o setor.”