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Defesa agropecuária de SP identifica 1.800 colmeias clandestinas

De acordo com a Secretaria de Agricultura, foram recolhidas amostras de algumas colmeias pois há suspeita de presença de praga

A Defesa Agropecuária de São Paulo e a Polícia Estadual Ambiental realizaram uma ação na semana passada para identificar colmeias instaladas em áreas de silvicultura sem autorização prévia. Foram descobertos 16 apicultores clandestinos, 31 apiários com 1.800 colmeias, nas áreas da Suzano Papel e Celulose, nos municípios de Itatinga, Avaré e Borebi.

“A Defesa Agropecuária irá tomar as medidas sanitárias cabíveis neste caso, identificado e autuando os infratores por movimentar as colmeias sem o documento sanitário (GTA) e notificá-los para que retirem as colmeias do local. Também coletamos amostras suspeitas de aethina tumida [besouro pequeno da colmeia, praga que diminui a produtividade das abelhas] em 20 apiários”, disse a médica veterinária Maria Carolina Guido, responsável pelo Programa Estadual de Sanidade das Abelhas.

colmeias clandestinas
Foto: Secretaria de Agricultura de São Paulo

Segundo a Secretaria de Agricultura de São Paulo, o objetivo da ação conjunta foi o fortalecimento da cadeia apícola do estado, através do incentivo de regularização da atividade junto ao órgão de defesa sanitária, pois os apicultores clandestinos oferecem risco à saúde das abelhas por não terem as condições sanitárias conhecidas, além de gerar competição por alimento com as abelhas de apicultores regularizados, podendo acarretar em queda de produtividade.

Para que as colmeias sejam transportadas entre propriedades, seja dentro do município, entre municípios ou entre estados, é necessária a emissão da guia de trânsito animal (GTA), que identifica a origem e o destino das colmeias para assegurar a rastreabilidade das colônias e é emitida a partir de um cadastro desses apicultores junto ao Serviço de Defesa Sanitária Estadual.

“É importante ressaltar que esses apiários clandestinos, na grande maioria das vezes, estão invadindo área de preservação permanente (APP), o que também contraria a Legislação Ambiental” disse a veterinária.