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Tempo

Semana tem chuva forte no Centro-Oeste, Norte e Nordeste

Volume será baixo em boa parte das regiões Sul e Sudeste, onde chuvas não chegam a 20 milímetros

chuva
Foto: Pixabay

A semana terá chuva forte nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste. Em sete dias, o acumulado varia entre 100 e 150 milímetros em Goiás, Mato Grosso, Amazonas, Pará, Tocantins, Amapá, Piauí, Pernambuco Paraíba e Sergipe. Por outro lado, o total será baixo em boa parte das regiões Sul e Sudeste, onde não chegará a 20 milímetros.

A umidade do solo aumentará neste período em boa parte do Nordeste e nos estados de Goiás, Mato Grosso, Amazonas e Pará. Mas há uma grande faixa do país com tendência de redução da umidade do solo, desde o Paraná até Minas Gerais. Preocupa a situação do milho “safrinha” do Paraná, do oeste de São Paulo e de Mato Grosso do Sul, estados que já estão com baixa umidade do solo.

Apenas na primeira semana de abril a chuva mais intensa retornará ao Centro-Sul do Brasil, alcançando o norte do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo e Mato Grosso do Sul. O acumulado deve oscilar entre 50 e 100 milímetros.

Dias típicos de outono são registrados no Paraná, Mato Grosso do Sul e no Sudeste, com noites e madrugadas frias e tardes com temperaturas mais elevadas, mas sem extremos. Já no Rio Grande do Sul, esperam-se tardes mais quentes, com desvios superiores a 3°C nesta semana.

No Nordeste, a previsão é de temperatura abaixo do normal na Bahia e no interior de Pernambuco, pela grande quantidade de nuvens e pela chuva. Na primeira semana de abril, a temperatura ficará mais elevada.

Nos últimos sete dias, a chuva se espalhou pelo Brasil, atingindo todas as regiões. Entretanto, mais uma vez, os maiores acumulados ocorreram no Norte e no Nordeste. Em Imperatriz (MA), choveu mais de 200 milímetros em apenas sete dias. O acumulado mensal já passa de 750 milímetros, valor mais de duas vezes e meia maior que o normal para março. Manaus (AM) amanheceu nesta segunda, 23, debaixo d’água, com acumulado de 110 milímetros em apenas seis horas – ou um terço do previsto para todo o mês de março.

Também há destaques no Sudeste, Centro-Oeste e Sul, embora a chuva tenha sido mais fraca. Em Confins (MG), choveu 165 milímetros nos últimos sete dias, valor que praticamente alcançou a média de todo o mês. Em Cassilândia (MS), também choveu 165 milímetros nos últimos sete dias, precipitação muito necessária para o desenvolvimento do milho safrinha, já que há 20 dias não chovia na divisa entre Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.

Alguns estados tiveram chuvas irregulares. Em Dourados (MS), por exemplo, choveu apenas 5 milímetros. A estiagem já alcança um mês que faz com que o desenvolvimento do milho não seja adequado. Por outro lado, as usinas de cana-de-açúcar aceleram a moagem, aproveitando o mês de março, com pouca chuva no centro e sul do Brasil. Já outros pontos do estado chegaram a receber cerca de 160 milímetros de chuva.

No Sul, a chuva também foi irregular. Enquanto Inácio Martins (PR) recebeu mais de 60 milímetros, boa parte de Santa Catarina e Rio Grande do Sul registraram menos de 20 milímetros. No Rio Grande do Sul, as perdas com milho e soja são grandes, mas o arroz teve melhor desempenho. A pouca chuva registrada em março vem ajudando na colheita do cereal.

A umidade do solo está elevada em boa parte do Brasil, levando dificuldade aos trabalhos de campo pelo encharcamento na Zona da Mata de Minas Gerais e norte dos estados de Mato Grosso, Rondônia, Tocantins, Maranhão e Piauí. Por outro lado, a umidade do solo está abaixo do ideal para o desenvolvimento agrícola no Rio Grande do Sul, no oeste e norte do Paraná, oeste de São Paulo e em boa parte de Mato Grosso do Sul.

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