O setor privado concordou em dividir a conta do seguro rural com o governo e os produtores rurais. O grupo de trabalho que trata do assunto no Ministério da Agricultura se reuniu nesta quarta-feira, dia 1, e avançou na proposta.
Apesar do acordo, ainda não ficou definido o percentual que cada elo da cadeia produtiva vai investir. “O que ficou definido, na verdade, foi a intenção de todos os envolvidos em participar do processo”, disse o diretor do Departamento de Gestão de Risco Rural do Ministério da Agricultura, Vitor Ozaki.
Por algum tempo, cogitava-se apenas a participação da indústria de defensivos no acordo, mas essa visão foi ampliada e a proposta se estende também para cooperativas, cerealistas e até revendas de insumos, o que vai ajudar a dividir a conta.
“Houve um avanço significativo no sentido de a indústria de insumos entender que é um projeto interessante. Eles estão dispostos a conversar e até nos ajudar a escrever essa proposta”, disse Geraldo Mafra, relações institucionais da Associação dos distribuidores de insumos agropecuários (Andav).
Uma nova reunião vai acontecer em, no máximo, três semanas. A ideia é reduzir o custo final ao produtor rural, já que, atualmente, os agricultores desembolsam cerca de 70% do valor total do seguro.
“Não queremos criar algo muito rígido e sim trazer o fornecedor para esse sitema, dentro de um processo aberto”, disse Pedro Arantes, assessor econômico da Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg).