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Sindicato dos fiscais federais reafirma não ter sido consultado em reforma na Agricultura

Anffa Sindical sustenta ter apresentado, em 2014, proposta de mudanças no ministério, que não teria sido levada em consideração

Fonte: Silvio Ávila/Mapa

O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) reiterou nesta quinta-feira, dia 28, a posição de que não foi consultado no processo de reforma administrativa e gerencial no setor de sanidade do Ministério da Agricultura. O presidente da entidade, Maurício Porto, criticou as declarações dadas na quarta-feira, dia 27, pelo secretário de Defesa Agropecuária, Luiz Rangel, de que o Anffa Sindical mentia e fazia ilações duras ao negar ter sido consultada na proposta de mudanças na gestão, feita por uma consultoria.

“Tivemos várias conversas com representantes do ministério, mas todas absolutamente superficiais, e nunca fomos consultados sobre qualquer ponto específico. Ainda assim, fizemos sugestões que nunca foram consideradas”, informou Porto. O sindicato sustenta ter apresentado, em 2014, uma proposta de mudanças no ministério, discutida com toda a categoria, mas “todo esse trabalho não foi levado em consideração, agora, nessa minuta que recebemos”, critica o presidente da entidade. 

Segundo Porto, a proposta de reformulação na Secretaria de Defesa Sanitária chegou ao Anffa Sindical “por terceiros” e só após críticas feitas pelo sindicato foi convocada uma reunião entre ministério e servidores. “Durante a reunião, o secretário admitiu ter havido falhas no processo e se comprometeu com mais transparência.” 

A entidade também rebateu as críticas de Rangel de que auditores fiscais são individualistas e não têm compromissos, o que prejudica a realocação de funcionários entre unidades da Federação. De acordo com Porto, o sindicato não tem autoridade sobre a política de recursos humanos e as eventuais dificuldades são fruto da má gestão do ministério. “O sindicato tem sido, aliás, proativo. Propusemos e viabilizamos a formação de forças-tarefa de auditores para atender às necessidades da inspeção de produtos de origem animal”, relatou. 

Sobre a declaração de Rangel de que a categoria não tem espírito coletivo, o vice-presidente do Anffa Sindical, Marcos Lessa, ironizou o próprio secretário. “De fato há os que não têm mesmo espírito coletivo. Especialmente aqueles quadros que assumem cargos de livre provimento e passam a defender pautas contrárias aos interesses da sociedade”, afirmou, se referindo ao secretário. O Anffa Sindical reafirmou também que deve deliberar em assembleia paralisações por tempo determinado em protesto conta a falta de transparência e por participação nas mudanças realizadas pelo ministério.

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