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Sindicatos e cooperativas relatam problemas em GO, MG e RS

No Triângulo Mineiro, cooperativa chega a perder R$ 4 milhões por dia com leite descartado. Em Goiás, há risco de prejuízo bilionário

Fonte: Famasul

O Sindicato da Indústria de Laticínios do Estado do Rio Grande do Sul (Sindilat/RS) informa aos produtores gaúchos que, apesar da liberação pontual de cargas de leite cru em algumas rodovias do estado (Posto 44 no entroncamento entre Ijuí e Carazinho e da região de Santa Rosa), as indústrias enfrentam severas dificuldades para receber e processar a produção, parte dela já estragada dentro dos caminhões que ficaram retidos por dias nas barreiras.

Em nota divulgada, a entidade cobra “uma posição urgente por parte do governo para alinhar acordo com as lideranças de movimento grevista pela liberação não só dos caminhões de leite cru, como também de insumos industriais e cargas de produtos acabados”.

MG: cooperativa estima prejuízo de R$ 4,2 milhões

A Cooperativa Central de Produtores Rurais (CCPR/Itambé) de Minas Gerais afirma que cerca de 70% dos quatro milhões de litros de leite produzidos por dia estão sendo descartados. Isso acarreta um prejuízo de mais ou menos R$ 4,2 milhões de reais com o litro vendido a R$ 1,40.

De acordo com o diretor da Cooperativa Triângulo e Alto Paranaíba, Jonadan Ma, dos 500 mil litros produzidos por dia pela entidade, 90% foram descartados hoje. Na propriedade dele, foram descartados 26 mil litros hoje para liberar o tanque para a produção, causando prejuízo de R$ 47 mil. Ele diz que a maior preocupação é com a ração dos animais “que está acabando e pode prejudicar a saúde e como consequência a produção leiteira nos próximos dias”, afirma. Mesmo assim, Ma reforça o apoio à greve dos caminhoneiros.

GO: 30 granjas podem ficar sem ração até domingo

Em Goiás, cerca de 30 granjas de aves podem ficar sem ração até domingo, dia 26. O prejuízo estimado é de R$ 45 milhões. São 1,5 milhão de matrizes de postura em 12 estabelecimentos da JBS e 15 da Bonasa que produzem ovos no município de São João D’Aliança, na região norte do estado.

Segundo Fernando Cézar Ribeiro, presidente da Associação Brasileira de Avicultores Integrados (Abai), não há um levantamento específico dos prejuízos, mas estima que cada ave custa R$ 30. Assim, levando em consideração a estimativa de um bilhão de animais alojados, o rombo pode chegar a R$ 30 bilhões. “Nunca passei um momento tão crítico na avicultura como agora”, diz.

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