A guerra comercial entre Estados Unidos e China pode estar chegando ao fim, segundo o que foi dito pelo presidente norte-americano, Donald Trump, no começo do mês. Por enquanto, cauteloso, o mercado internacional de soja se mantém atento a novas tarifações e sinais de problema entre as potências econômicas.
Os contratos futuros da oleaginosa e os preços domésticos, no entanto, não estão sendo ditado apenas pelo conflito. Na última semana, o relatório de novembro do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) pegou de surpresa negociantes.
O analista da Safras & Mercado Luiz Fernando Roque elenca fatos importantes que podem influenciar os preços da soja nos próximos dias. Confira:
- A guerra comercial entre EUA e China só deve ter um novo capítulo a partir da reunião do G-20, em 30 de novembro, quando os presidentes dos países irão continuar as conversas iniciadas recentemente. O mercado encontra certo suporte na esperança de um acordo, mas não tem força para grandes movimentos positivos sem a assinatura;
- Os players devem continuar digerindo os novos números do USDA, divulgados na quinta-feira, dia 8, e analisando a evolução da colheita da nova safra norte-americana de soja e a demanda por essa superprodução;
- O órgão norte-americana surpreendeu o mercado ao indicar um corte relevante no tamanho da nova safra dos EUA. Apesar da redução, o aumento acima do esperado nos estoques norte-americanos e mundiais na temporada 2018/2019 pesou, trazendo um tom relativamente baixista ao relatório;
- A colheita da nova safra norte-americana voltou a evoluir bem nos campos do Meio-Oeste e do sudeste dos EUA, embora ainda permaneça atrasada. Naturalmente, os preços sentem o peso da sazonalidade da entrada desta supersafra, que apesar de possivelmente ser menor do que o esperado, ainda é uma produção recorde.