Taques assume governo de Mato Grosso e fala em nova política de tributação

O novo vice-governador, Carlos Fávaro, também foi empossado esta manhãNovo governador de Mato Grosso assumiu informando que o estado tem um déficit orçamentário de R$ 1,7 bilhão e prometeu buscar ajuda junto ao governo federal.

Eleito no primeiro turno com mais de 833 mil votos – 57% dos votos válidos –, o governador Pedro Taques assumiu nesta quinta, dia 1º, o cargo de governador de Mato Grosso, substituindo Silval Barbosa. O novo vice-governador, Carlos Fávaro, também foi empossado esta manhã.

Durante a cerimônia na Assembleia Legislativa, em Cuiabá, Taques prometeu trabalhar para mudar a “sequiosa realidade” mato-grossense. Além de antecipar que planeja desenvolver novas políticas tributárias e de fomento econômico às atividades produtivas, o novo governador destacou a importância de uma relação harmoniosa entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

– Todos terão que contribuir com esse momento. Vamos respeitar a independência dos poderes, convidando-os sempre para ouvirmos juntos e atentos as vozes da sociedade. Esse diálogo será um marco em nossa gestão – discursou Taques.

Durante a transição de governo, Taques informou à imprensa que o estado tem um déficit orçamentário de R$ 1,7 bilhão o que compromete o pagamento de despesas e futuros investimentos. 

– Esse mesmo diálogo buscaremos com o governo federal. Reivindicaremos tudo o que Mato Grosso precisa do governo federal – acrescentou o novo governador.

Taques explicou que seu plano de governo está embasado em cinco eixos estruturantes. 

– O cidadão necessita de um conjunto de serviços públicos que atendam às necessidades mais fundamentais como a saúde, a segurança pública, as políticas sociais e [as políticas] de proteção aos menos favorecidos –  comentou.

Taques também assegurou que protegerá o meio ambiente e a qualidade de vida da população com políticas integradas de habitação, regularização fundiária e urbanística, mobilidade, acessibilidade e proteção ambiental. Todas as propostas, destacou, contarão com a participação da sociedade.

Segundo ele, a tecnologia será usada para se aproximar da população.

– Construiremos o modelo de gestão participativa que almejamos. Para isso, vamos ampliar nossos canais de comunicação com a sociedade usando a internet, mídias sociais, mídias de massa, audiências públicas e reuniões comunitárias. Descobriremos novos caminhos para solucionar os problemas que nos afligem e, juntos, fiscalizaremos cada centavo aplicado – acrescentou o governador.

Secretariado

o ex-secretário de Política Agrícola Seneri Paludo, que esteve à frente da secretaria na gestão de Neri Geller, é o novo secretário de Desenvolvimento Econômico do estado. Formado em agronomia, Paludo já foi superintendente do Instituto de Economia Agropecuária (Imea).

Assume a Secretaria de Desenvolvimento Rural e Agricultura Familiar (Sedraf), que deverá mudar de nome e atribuições, Suelme Evangelista, que atualmente também exerce a secretaria-geral do PSB em Mato Grosso.

Durante a posse, Evangelista disse que assumir a secretaria é um “desafio gigante”, uma vez que o estado possui 150 mil famílias vivendo em mais de 700 assentamentos. 

Veja como fica a composição do secretariado de Mato Grosso.

Biografia

Nascido em Cuiabá (MT), Taques tem 46 anos. Formado em direito, foi procurador da República por 15 anos, período em que, entre outras medidas, propôs a ação civil que, em 2002, resultou na chamada Operação Arca de Noé, na qual foi preso o bicheiro João Arcanjo Ribeiro, acusado de comandar o crime organizado no estado.

Em 2010, Taques pediu exoneração do cargo no Ministério Público Federal para se candidatar ao Senado e foi eleito com 708.440 votos. Este ano, Taques, que é filiado ao PDT, elegeu-se governador com um amplo arco de aliança partidária, recebendo o apoio do PP, DEM, PSDB, PSB, PPS, PV, PTB, PSDC, PSC, PRP, PSL e PRB.