Nesta terça-feira (15), o Sebrae divulgou um comunicado no qual expressa apoio às medidas propostas pelo Legislativo e pelo governo federal para abordar as altas taxas de juros associadas ao crédito rotativo de cartões de crédito.
Contudo, o Sebrae expressou críticas em relação à proposta dos principais bancos de limitar o parcelamento sem juros.
Décio Lima, presidente do Sebrae, expressou sua esperança de que quaisquer mudanças no sistema de crédito rotativo não tenham um impacto negativo no funcionamento das empresas e não venham a restringir o poder de compra das famílias:
“É crucial resolver a questão dos juros, mas ao mesmo tempo é fundamental evitar a criação de novos problemas”.
Na segunda-feira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, fez uma declaração a respeito do assunto, enfatizando que a eliminação do parcelamento sem juros não constitui a solução definitiva para abordar as altas taxas de juros praticadas no crédito rotativo.
Ele ressaltou a importância de considerar o cenário do varejo no Brasil, onde as compras são historicamente conduzidas dessa forma.
Haddad destacou que qualquer alteração nesse aspecto precisaria ser abordada com cautela.
No mês de junho, as taxas de juros no crédito rotativo de cartões de crédito atingiram um patamar de 437,3% ao ano.
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) declara que não tem intenção de limitar o parcelamento sem juros.