O presidente Michel Temer disse nesta quinta-feira, dia 29, que o foco do governo em 2017 será a reforma tributária, para tornar a legislação mais simplificada. “Uma questão que me angustia sempre é a tributária. Penso eu então: porque não levá-la adiante? Agora, o Executivo quer se empenhar na reforma tributária, de forma a simplificá-la. É mais uma reforma que queremos patrocinar e levar adiante”, disse ao apresentar um balanço das ações do governo a jornalistas.
Temer disse que seu governo é “reformista” e que não vai parar de implementar mudanças estruturais. “Reformas que o governo havia planejado para o longo do tempo foram feitas em bravíssimo tempo, e não vamos parar. Este é um governo reformista.”
O presidente disse esperar que a proposta de reforma trabalhista enviada pelo governo ao Congresso na semana passada não tenha dificuldades de aprovação, por causa do “diálogo que se instalou entre trabalhadores e empregados” nos últimos meses.
Sobre a reforma política, Temer disse que, nesse caso, o protagonismo será do Congresso Nacional, com “incentivo e participação” do Executivo na elaboração da proposta.
Ações
Durante o balanço de ações do governo, Temer destacou a liberação de saque das contas inativadas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), a redução dos juros aplicados ao crédito rotativo dos cartões de crédito, a aprovação de um teto para os gastos públicos, a desvinculação das receitas da União (DRU) e a reforma do ensino médio.
Temer também citou a ampliação do número de vagas do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e dos recursos destinados aos programas Bolsa Família e Minha Casa, Minha Vida. “No plano social, estamos revelando nossa responsabilidade social ao completar a construção de 170 mil casas pelo Minha Casa, Minha Vida, e quando determinamos que filhos com microcefalia tenham prioridade quando estabelecemos orçamentariamente a construção de mais 500 mil casas.”
Crise
O presidente reiterou a preocupação do governo com a retomada do emprego no país e espera que o país volte a gerar postos de trabalho em 2017. “O desemprego é uma coisa que perturba as pessoas em nosso país e cria instabilidade, mas vencendo crise, saindo da recessão e obtendo crescimento teremos naturalmente empregabilidade. A partir do segundo semestre do ano que vem é muito provável que o desemprego venha a cair. 2017 será definitivamente um ano novo, e não a continuação de 2016”, acrescentou.
Reforma ministerial
Perguntado sobre a possibilidade de haver uma reforma ministerial em 2017, Temer desconversou. “Vamos esperar o ano que vem”, disse o presidente na saída da entrevista.