Temer viaja para Argentina e o Paraguai nesta segunda

Presidente deve falar da retomada do crescimento econômico na região e do combate ao narcotráfico e ao contrabando na Tríplice Fronteira

Fonte: Valter Campanato/Agência Brasil

O presidente Michel Temer desembarcou nesta segunda, dia 3, na Argentina, para a primeira visita ao país desde que assumiu o governo, no lugar de Dilma Rousseff, no ultimo dia 31 de agosto. Ele estará acompanhado por quatro ministros: das Relações Exteriores; do Desenvolvimento, da Indústria e do Comercio Exterior; da Justiça e da Defesa. Depois de um almoço com o presidente Mauricio Macri, Temer irá ao Paraguai, onde jantará com o presidente Horácio Cartes.

Além de serem sócios do Brasil no Mercosul, a Argentina e o Paraguai foram os primeiros países a reconhecer o seu governo. Com Macri e Cartes, Temer deve falar da retomada do crescimento econômico na região e do combate ao narcotráfico e ao contrabando na Tríplice Fronteira.

O Uruguai, quarto país fundador do Mercosul, manteve posição neutra, até porque o partido de esquerda do presidente Tabaré Vasquez está dividido: metade considera que o impeachment de Dilma Rousseff foi um golpe e critica o que considera ser um “avanço” da direita na América do Sul. Mas o governo uruguaio acabou assinando um documento que estende até o dia 1º de dezembro o prazo para que a Venezuela regularize sua situação, se não quiser ser suspensa do Mercosul.

Argentina

Terceiro maior parceiro comercial do Brasil, a Argentina tem o Brasil como seu principal parceiro tanto para importação como para exportação. No entanto, o intercâmbio comercial entre os dois países tem registrado queda. Se em 2011 o comércio bilateral foi próximo a US$ 40 bilhões, em 2015 ficou pouco acima de US$ 23 bilhões.

Segundo números do Palácio do Planalto, nos primeiros oito meses de 2016 o intercâmbio bilateral entre Brasil e Argentina superou os US$ 14 bilhões, mas a expectativa é de que, ao final do ano, esse número supere o registrado em 2015.

Mercosul

Outro tema deve ser a Venezuela: os governos brasileiro, argentino e paraguaio se juntaram para impedir que os venezuelanos assumissem a presidência pro-tempore do Mercosul, que é rotativa e segue a ordem alfabética. Eles alegam que o país – o último a aderir ao bloco regional – não cumpriu os requisitos para tornar-se membro pleno, entre eles a incorporação de um protocolo de defesa dos direitos humanos.