O furacão Iota se intensificou rapidamente, tornando-se a décima tempestade nomeada desta temporada de 2020 na Bacia do Atlântico. E isso pode se tornar mais comum devido às mudanças climáticas. As águas mais quentes do Atlântico Norte têm intensificado esta temporada de furacões.
No dia 15 de novembro a velocidade do vento era de 144,8 km/h, sendo caracterizado como furacão de categoria 1, da escala Saffir-Simpson, e no dia 16 de novembro já era um furacão de categoria 5, com ventos de 257,5 km/h. Aumento de 112,7 km/h, o dobro do critério para a rápida intensificação de um ciclone tropical neste início de semana, que é quando há um aumento da velocidade do vento de 56km/h ou mais em 24 horas ou menos.
A temporada 2020 de furacões no oceano Atlântico está agora empatada com 1995, com o maior número de tempestades de intensificação rápida em um único ano desde 1979, de acordo com Tomer Burg, doutor em ciência atmosférica da Universidade de Oklahoma. Neste ano, as rápidas intensificações ocorreram nos furacões Hanna, Laura, Sally, Teddy, Gamma, Delta, Epsilon, Zeta, Eta, e Iota.
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Lota, que se formou no Mar do Caribe na sexta-feira, 13, como uma depressão tropical, tornou-se um furacão no dia 15 de novembro, e chegou a categoria 5, como mencionado acima no dia 16 de novembro, segunda-feira. Isso por conta da temperatura da superfície do mar estar entre 29 ºC e 30 °C. Outros fatores também interferem, como ondas atmosféricas e oscilações atmosféricas.
Nas primeiras horas da terça-feira, 17, Iota era classificado como furacão de categoria 4, da escala Saffir-Simpson, com ventos de 249,5 km/h, e atingiu o nordeste da Nicarágua. Agora, Iota está mais para dentro do Nicarágua, e como não tem mais a energia das águas quentes do mar e está sofrendo atrito com a superfície terrestre, Iota é um furacão de categoria 1, com ventos de 121 km/h. O sistema já enfraqueceu consideravelmente e virou uma tempestade tropical com ventos de no máximo 60 km/h no decorrer das próximas 24 horas. Salienta-se que Iota já causou inundações e elevados volumes de chuva no Nicarágua.
O último furacão a atingir Nicarágua aconteceu recentemente. Foi o furacão Eta, que chegou a ser classificado como furacão de categoria 4 na escala Saffir-Simpson (que vai de 1 a 5), com vento máximo de 241,4 km/h. O sistema atingiu Nicarágua com essa categoria, no dia 3 de novembro. Salienta-se que antes disso, a última vez que se tinha um Furacão em Nicarágua foi o Otto, em novembro de 2016, que foi de categoria 3, com ventos de 185,2 km/h.
Mesmo enfraquecido, Iota ainda vai causar chuvas torrenciais, com acumulados elevados e rajadas de vento intensas, até o dia 19 de novembro, no Nicarágua, Guatemala, El Salvador, Belize, Honduras e sul do México. Há previsão de volumes de chuva de mais de 400 milímetros em algumas áreas. Atenção que as ondas do mar seguem elevadas nesse período, com mais de 2,5 metros de altura.
