A Frente Parlamentar Agropecuária (FPA) está reunida nesta tarde com a equipe econômica do governo para redigir o texto da medida provisória que altera a cobrança do Funrural. Até o fim desta sexta-feira, dia 28, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) deve dar um parecer sobre o que será apresentado.
A CNA quer maior flexibilidade, redução dos juros e que a porcentagem seja diminuída para algo em torno de 1%. O presidente Michel Temer exige que uma definição seja tomada até a próxima terça-feira, dia 2.
“A CNA não abre mão da flexibilidade na forma de pagamento, e ela quer uma redução na taxa de juros para cobrança retroativa. Ela também quer que, quem já pagou tenha alguma compensação e que haja uma redução na porcentagem”, afirmou o presidente da CNA, João Martins da Silva Junior, com exclusividade ao Canal Rural.
Mais cedo, a diretoria executiva da CNA se reuniu na sede da Associação Brasileira dos Criadores de Gado Zebu do Brasil (ABCZ). Durante o encontro, João Martins disse que não houve acordo com a equipe econômica do presidente Michel Temer a respeito do novo texto da medida provisória que propõe mudanças na cobrança do Funrural, o Fundo de Assistência Técnica ao Trabalhador Rural.
Segundo João Martins, o presidente Michel Temer prometeu apresentar uma solução nos próximas dois ou três dias. Martins afirmou que o acordo ainda não foi definido porque o governo quer esperar que o STF, Supremo Tribunal Federal, reverta a decisão da cobrança do Funrural. “Não podemos ficar sonhando, precisamos resolver isso agora, a Receita Federal já está cobrando os produtores e nós temos que estancar essa hemorragia” afirma Martins.
Quando a decisão do STF foi anunciada, João Martins se posicionou a favor da cobrança do fundo. Agora, o presidente da CNA disse que a cobrança é inaceitável e pode desestruturar todo o setor.